Propostas que serão apresentadas à reitoria são debatidas na FEA

Reunidos em rodas de discussão, alunos da Faculdade de Economia e Administração (FEA) discutem as propostas que serão levadas à reunião com a diretoria hoje, às 16h. Após o ato realizado por alunos da FEA nesta manhã, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC) decidiu organizar a reunião para conhecer melhor a opinião dos alunos e tirar posicionamentos em relação a temas polêmicos.

Foram discutidas questões gerais como a instalação de catracas e a presença da Polícia Militar na USP, mas também surgiram muitas propostas pontuais para melhorar o problema da segurança.  Além da iluminação, os alunos cobraram uma Guarda Universitária mais preparada e que defenda não apenas o patrimônio físico da universidade como também a segurança dos alunos. Também surgiram propostas como a expansão do controle de carros nas portarias, armamento da Guarda Universitária e inclusive a entrada da Polícia Militar no campus.

A questão da PM, no entanto, gerou polêmica. Muitos estudantes questionam a eficácia da medida, uma vez que no momento do assassinato a PM realizava uma blitz dentro do campus. “Não é a entrada da PM que vai resolver. Lá fora tem PM e também tem violência” afirma Carolina Santos, aluna do 1º ano de economia.

Já outros alunos consideram a entrada da PM uma medida necessária diante da situação crítica de violência na USP. Ana Beatriz Pousada, aluna do 2º ano de economia, acredita que o papel histórico que a Polícia Militar já exerceu no passado na universidade não deveria ter tanto peso. “Acho que isso é uma coisa do passado, hoje em dia a lei protege bem a liberdade de expressão. Não acho que representa perigo”.

PM realiza blitz no campus hoje, às 14h (foto: Manoela Meyer)
PM realiza blitz no campus hoje, às 14h (foto: Manoela Meyer)

Além da FEA

Diante da disposição da Reitoria para estabelecer um diálogo e ouvir propostas do CAVC, centros acadêmicos de outras faculdades decidiram aparecer no encontro promovido na FEA. Os alunos das demais unidades cobraram que o espaço conquistado junto à Reitoria seja aproveitado para discutir problemas de segurança da USP como um todo, e não apenas da FEA. “Vai ter que aparecer outra morte em outro estacionamento para colocar iluminação lá?” questiona Gabriel Sato, aluno do Instituto de Psicologia.

Leonardo Oliveira, do CAVC, afirmou que a entidade pretende trabalhar em duas frentes: uma com o diretor da FEA, para discutir problemas internos, e outra com a Reitoria, para cobrar soluções referentes a toda USP. Para tal, o CA da FEA pretende incluir os demais centros acadêmicos da universidade na discussão.