Poucas atléticas uspianas participam das eleições da Fupe

Das 26 AAAs filiadas à Liga de Associações Atléticas da USP (LAAUSP), apenas quatro participaram das eleições da Fupe. Sendo que três votaram no Ricardo Bochicchio (Medicina, EACH e ECA) e a Poli representou o único voto em branco de toda a eleição.

“Houve falta de posicionamento da USP. O principal é a USP participar, não ficar fora do processo. É um dever da USP se posicionar politicamente”, comenta Evandro Villar Lemes, membro da chapa de Bochicchio, sobre a falta de adesão das AAAs da USP à Fupe . “Não concordávamos com nenhuma chapa, mas não nos filiamos, principalmente, pelo alto custo da filiação (a taxa subiu de 200 para 1200 reais, de 2010 para 2011)”, explica Taís Martinelli, presidente da AAA da FEA.

Para Daniela Bernardi, presidente da Atlética da ECA, também “faltou tempo. Talvez se a gente tivesse mais tempo, a gente conseguiria fazer uma reunião com todas as atléticas da USP. Eu entendo a Laausp não assumir uma posição partidária. Acho que ela nem poderia. Mas a gente poderia ter usado a Laausp como uma convocação para discutir melhor esse assunto”.

Apesar de estar sucateada, a Fupe ocupa papel importante no cenário do esporte universitário. A Federação não só possui o poder de tornar campeonatos paulistas em seletivas para torneios brasileiros, como também possui potencial para melhorar o nível dos campeonatos do estado.

 “O que falta é os membros atuais das Atléticas entenderem a importância da Fupe. Querendo ou não, é dinheiro público de imposto que deveria vir pro esporte universitário e não está vindo”, completa Daniela.

Briga por mudanças

Mesmo sendo baixo o número de AAAs da USP filiadas, a votação foi vista por representantes de algumas atléticas como uma possibilidade de mudança. 

De acordo com Gubio Barsottini, presidente da Atlética da Politécnica da USP, mesmo não concordando com as propostas das duas chapas e votando em branco, “a nossa AAA entrou pra poder acompanhar de perto a nova gestão. A gente é da opinião de que não adianta você querer acompanhar o que está acontecendo lá dentro se você não fizer parte. Então a gente entrou pra poder cobrar da chapa que entrasse”.
Segundo Marcos Ungaretti, presidente da Atlética da EEFE,  “a gente precisa criar um vínculo entra atléticas da USP, com o fortalecimento do relacionamento interno uspiano, criaremos uma pressão dentro da Fupe. Eu acho que só como Rui Barbosa [atlética da EEFE], não teremos força, o efeito de uma só atlética é nulo”.