Nova iniciativa USP Sustentável busca fortalecer a questão ambiental no campus

Texto por Tatiana Couto e Julia Martins*
Desde 1994, a USP desenvolve programas voltados para a educação ambiental, gestão de recursos naturais e descarte de resíduos. Com o objetivo de dar visibilidade a esses projetos e aumentar a adesão de alunos, docentes e funcionários, a Superintendência de Gestão Ambiental lançou o USP Sustentável.
“O programa, em si, não é de coordenação de realizações em sustentabilidade, mas sim um programa que trabalha com cada uma das unidades e centros de pesquisa da Universidade para mostrar o que está sendo feito”, explica Patrícia Iglecias, superintendente de gestão ambiental da USP e coordenadora do Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade (USPproClima).
Trabalhando em conjunto com a área de comunicação da USP, a iniciativa realiza sua divulgação pelo Jornal da USP, com matérias jornalísticas e artigos de professores e pesquisadores, identificadas com o logotipo do programa. O USP Sustentável também conta com um site oficial e um perfil no Instagram. “A ideia [no futuro] é ampliar os meios de divulgação, principalmente em mídias sociais e podcasts”, afirma Iglecias.
Em 2024, a USP ficou na 5ª posição do UI GreenMetric World University Rankings. Criado pela Universidade da Indonésia, o ranking considera fatores como: infraestrutura, tratamento de resíduos, reciclagem, manejo da água, educação, pesquisa, entre outros.
“Acho que todas as iniciativas que possam levar a nossa comunidade USP a perceber mais a sustentabilidade são muito positivas. Nós temos, por exemplo, o USP Recicla, que desde os anos 90 introduz uma questão do uso das canecas de uso contínuo”, diz Iglecias
Além disso, também leva os estudantes a terem uma percepção maior sobre a necessidade de sustentabilidade nas suas práticas diárias e em nossas áreas internas
Patrícia Iglecias superintendente de gestão ambiental da USP e coordenadora do Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade (USPproClima).
COP 30
Em novembro deste ano, a 30ª edição da COP será realizada na cidade de Belém, no Pará. “A COP é uma reunião para firmar novos compromissos e com a emergência climática aumentando, existe a necessidade de mais ações de mitigação, de mais financiamento e de adaptações para o enfrentamento dessa questão nos países em desenvolvimento”, explica Ana Maria de Oliveira Nusdeo, professora de Direito Ambiental da Faculdade de Direito da USP. A cada ano, a conferência reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não-governamentais e representantes da sociedade civil para debaterem ações de combate às mudanças climáticas.
A USP também está inserida no debate internacional devido a grande produção de trabalhos científicos na área de climatologia. Pesquisadores e professores da Universidade participam do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “Esse órgão científico convoca cientistas do mundo inteiro, com representação do Norte e do Sul Global, para revisarem artigos sobre temas relacionados às mudanças climáticas [e no final] produzem um relatório que mostra onde já existe consenso científico”, explica Nusdeo.
*Com edição de Gabriela Cecchin