Fórum da Seis decide priorizar isonomia salarial

Greve/2010Em reunião do Fórum das Seis realizada nesta sexta-feira foi decidido preliminarmente que a pauta principal da greve será a isonomia salarial entre funcionários e professores. Desde que a reitoria concedeu 6% de reajuste aos docentes, a Adusp (Associações de Docentes da USP) tem se posicionado favoravelmente à igual concessão de aumento de salário aos servidores.

Após proposta da Associação, o Sintusp decidiu dar prioridade à pauta em detrimento do reajuste de 16% + R$ 200. Segundo Magno de Carvalho, uma das lideranças do sindicato, a reivindicação é necessária para que a desigualdade salarial não aconteça na gestão Rodas e não se perpetue em futuras administrações da reitoria.

O posicionamento formal da Associação será expresso na segunda-feira (17), por meio de um informativo. O assunto ainda será pauta de Assembléia Geral dos Funcionários que precederá a reunião com o Cruesp na próxima terça-feira (18).

Ato

Outro ponto decidido foi a intensificação do ato, com a presença de mais funcionários, professores e alunos. Foram reservados 12 ônibus com saída do campus Butantã da USP até a sede do Cruesp, onde será realizado mais um encontro na próxima terça-feira (18).

Segundo informações do Sintusp, com a adesão da unidade de Assis, a Unesp contabiliza hoje seis campi paralisados, somando-se à Unicamp, que está em greve desde a semana passada. Na manhã de terça-feira, antes do encontro com o Cruesp, as duas estaduais realizarão assembleias. A expectativa é de aumento de adesão ao movimento grevista.

Entrevista

No último sábado, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o reitor João Grandino Rodas disse que a USP está sob controle de “mercenários” contratados pelo Sintusp para impedir o acesso a setores da universidade.

De acordo com a liderança do Sintusp, a resposta será dada após análise dos advogados do sindicato, pois a declaração criminaliza o movimento grevista. “Possivelmente teremos que ter uma resposta jurídica contra Rodas”, disse Magno Carvalho. O diretor do Sintusp descarta a contratação de mercenários e afirma que a decisão de fechar determinados prédios da universidade durante a greve foi tomada em assembleias gerais de funcionários, o que legitima a atitude.

Por meio da assessoria de sua imprensa, a Reitoria declarou que não se pronunciará, “já que a opinião do reitor já foi explicitada na própria entrevista”.