Liminar autoriza reintegração de posse

Estudantes permanecem na Reitoria, mesmo após pedido de reintegração de posse pelo TJ
Estudantes permanecem na Reitoria, mesmo após pedido de reintegração de posse pelo TJ
Retomada da Reitoria não ocorreu ontem, 5/11. Alunos discutirão decisão do Tribunal de Justiça  em Assembleia

Apenas quatro dias após a reunião entre representantes dos estudantes e a comissão da reitoria (no dia 31 de outubro), o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu pela reintegração de posse do prédio administrativo da reitoria do Campus Butantã na noite de segunda-feira, 4/11. Ainda que em caráter liminar, a Universidade poderá acionar a polícia para realizar a ação. Essa decisão chega durante um período de negociação: na mesma noite, o Comando de Greve Estudantil decidiu pela aprovação do atual termo de acordo entre estudantes e reitoria, o que implicaria o fim da ocupação e da greve. A Assembleia Geral dos estudantes, no dia 6/11, discutirá o futuro da movimentação.
Matheus Trevizan, da Comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), disse que tomou conhecimento da da decisão por meio dos veículos de comunicação. O DCE manifestou “completo repúdio” à decisão judicial, uma vez que ela atrapalha as negociações que estavam em curso. Em nota divulgada em seu site, a entidade afirma: “Não iremos admitir nenhum golpe da reitoria em meio à negociação”.
Para Pedro Serrano, do DCE, a manifestação dos estudantes rendeu “vitórias substanciais, que precisam ser consolidadas agora”, fazendo referência às medidas presentes no atual termo de acordo. Inicialmente, a Justiça havia determinado um prazo de 60 dias que deveria “servir para que as partes negociem, dialoguem e cheguem a um entendimento” segundo José Luiz Germano, desembargador que concedeu o prazo. No entanto, a reitoria, alegando que a ocupação seria responsável por depredar o patrimônio público e bloquear vias da Universidade, solicitou o encurtamento desse período.

Estudantes permanecem na Reitoria, mesmo após pedido de reintegração de posse pelo TJ

Na sua decisão judicial de segunda-feira (5/11), o desembargador Xavier de Aquino considera que a ocupação da reitoria é um caso “extremamente grave, que atrapalha o bom andamento da Universidade de São Paulo”.
Alguns estudantes já começaram a retirar objetos do prédio ocupado – como colchões – porque esperam que na assembleia d0 dia 6 de novembro, no vão da História/Geografia, seja decidida a desocupação da reitoria, bem como por conta da possibilidade de reintegração de posse.