Não é unanimidade entre os estudantes, porém para parcela deles – em especial entre os vinculados ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) – os resultados obtidos com a reunião que aconteceu no dia 31/10 entre representantes dos estudantes e a comissão da reitoria responsável por dar seguimento às conversações foram considerados um passo adiante no movimento estudantil. Também participaram da reunião, como observadores, representantes da Adusp e do Sintusp.
Dentre as reivindicações dos estudantes, foram atendidas, na reunião: o Compromisso de realização de uma “Estatuinte” livre e autônoma – que também pautará as eleições para reitor, diretores de unidades e chefes de departamento –, bem como de um congresso das categorias, previsto para maio de 2014, que pautará os temas da “Estatuinte”; a transformação dos Blocos K e L em moradia estudantil; o reajuste do valor das bolsas estudantis segundo índice de reajuste salarial acordado no Cruesp; a entrega dos espaços do DCE Livre e APG-USP às respectivas entidades assim que as obras forem concluídas; a construção de postos de recarga de bilhete de refeição nos refeitórios da Física e Química; a colocação da universidade frente à SPTRANS, junto aos estudantes, para que se aumente a frota de circulares na USP e retornem as extintas linhas (177P/10, 107T/10, 7725); o encaminhamento aos respectivos Conselhos Gestores a demanda por moradia, restaurantes universitários e circulares nos campi do interior; a manutenção do Núcleo de Consciência Negra no espaço atual; a recomendação de reposição de aulas ao término da greve, sem cancelamento de semestre letivo; a instituição de uma comissão permanente de diálogo e negociação entre a Universidade e os representantes dos estudantes, com reuniões periódicas com o fim da greve estudantil e da ocupação do prédio da administração da reitoria; a participação estudantil na comissão já estabelecida na Superintendência de Assistência Social, que estuda novas alternativas para atendimento das demandas pelo aumento de creches; e a nomeação de uma comissão – com as três categorias e com os órgãos centrais – que discutirá os processos aos estudantes e trabalhadores.
Apesar de ser um requerimento antigo, quanto à presença da PM no campus, foi determinado, apenas, o estabelecimento de um amplo debate no que se refere à segurança. Nesse ponto, a discussão será aberta a todos os professores, funcionários e estudantes, entidades representativas e órgãos da Administração da USP, porém o processo de construção e deliberação desse plano será interno à Universidade.
Finalmente, no que concerne à garantia de que nenhum ativista seja punido, a comissão afirmou, apenas, que nenhuma punição terá motivação política, sendo atribuída a responsabilidade ao Diretório a depender da plausibilidade jurídica das apurações das responsabilidades.