O campo é de futebol, são 7 jogadores de cada lado e o objetivo é receber na área de gol um disco de 175 gramas o maior número de vezes possível. Essas são as premissas básicas do Ultimate Frisbee, um esporte que vai muito além do jogar o disco para o cachorro buscar.
Com regras parecidas com o futebol americano, o ultimate pode ter times masculinos, femininos ou mistos, nestes é obrigatório ter ao menos 3 meninas em campo, que podem ser substituídas por uma criança de até 14 anos. É nessa categoria mista que se enquadra o Ultimate USP, time formado em sua maioria por uspianos.
Segundo Leonardo Gonçalves, aluno do IME, o time se formou mesmo no final do ano passado, antes disso havia treinos de interessados pelo esporte que se juntavam por diversão. Ele conta que a principal dificuldade do time é encontrar novatos com interesse no frisbee, já que muita gente nem sabe da existência do esporte: “é um esporte que tem pouco reconhecimento, mas com pessoas de muita boa vontade pra ensinar”, completa. É por essa razão também que não há uma equipe exclusiva da USP – no time atual, há 3 atletas de fora. Mas Leonardo afirma que o projeto maior, a longo prazo, é o de formar uma equipe só de uspianos para disputar os campeonatos.
Outra dificuldade que se apresenta à equipe é a ausência de lugares para treinar. “Não há locais para treinar em toda São Paulo”, diz Leonardo. Antes, eles treinavam no parque do Ibirapuera, mas a prática foi proibida e agora treinam nos gramados da Praça do Relógio. Os treinos acontecem às terças e quintas, a partir das 16h, até o anoitecer.