Luz. Câmera. Ação!
Absoluto iniciante, Felipe Medeiros, aluno da FAU, assistia à MTV em sua casa e gostava do que via, mas não imaginava trabalhar com vídeos. Enquanto isso, no VídeoFAU, vemos 300 títulos arquivados, feitos por alunos e professores a partir de 1986. Corte. Imagem acelerada. Felipe estuda, presta vestibular para designer na USP e passa. Corta. Já como aluno, tem de produzir um vídeo como trabalho final. Ainda não sabe que a FAU produz em média 15 títulos por ano.
Flashback
Felipe tem um problema: quer fazer vídeo e tem de aprender. A idéia em sua cabeça foi retirada das aulas do coordenador acadêmico do VídeoFAU, Sílvio Dworecki. O professor diz que o vídeo possibilita novas formas de olhar o espaço urbano. Agora, falta a câmera na mão. Felipe vai buscar ensinamento técnico com o supervisor do VídeoFAU, Luiz Bargmann. A idéia do laboratório é que o aluno faça todas as etapas: roteiro, produção, filmagem e edição. Os técnicos dão apoio, mas o trabalhoso caminho terá de ser feito unicamente por Felipe.
Take final
Enquanto edita, Felipe percebe que o interessante é explorar novas formas de divulgar a ciência, deixar que os trabalhos acadêmicos saiam da hegemonia do papel e ganhem outras formas para serem vistos pelo grande público. A tecnologia digital possibilita que todo computador seja uma sala de exibição. “Fomos agraciados pela reitoria com um equipamento que permite o armazenamento e distribuição de conteúdo em formato digital. Isso amplia em muito as possibilidades de trabalho, pois tudo que se produz pode ser veiculado”, diz o professor Marcelo Bicudo, da FAU. Para o futuro, a idéia é reunir a produção de imagens da faculdade em um único Laboratório de Multimeios.
Felipe Medeiros olha para a câmera e confessa: “esta foi minha primeira experiência com vídeo. Foi um resultado com excelente recepção tanto dos professores como dos colegas e serviu como ponto de partida para outros trabalhos”. Acelerando a vida. Felipe hoje trabalha com vídeo e é VJ em clubes como Pacha, Clash, Anzu e Kraft.