Apesar de prevista para ser entregue em março, a sala ganhou novas normas, supervisores, aparelhos e agradou seus usuários
Foi reaberta a sala de musculação livre do velódromo CEPEUSP, fechada há oito meses para reformas. O espaço, conhecido por “Tétano” devido à precariedade de suas instalações, ganhou oito novos aparelhos, pintura, normas e supervisores. Bastante elogiada pelo público, a única reclamação registrada, até agora, sobre a sala foi do horário de funcionamento, restrito das 9h às 11h e das 14h às 17h.
Para Júlio César Morais, usuário da sala há seis anos, a melhora mais significativa do espaço foi a contratação de orientadores, para prestar auxílio nas atividades. São cinco alunos da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE). De acordo com uma fonte que não quis se identificar, essa iniciativa é fundamental, não só para a organização da sala, mas também para preservar a integridade física dos frequentadores. “Não é possível que uma academia funcione sem nenhuma monitoria”, afirmou.
A questão, entretanto, esbarra em dois aspectos delicados. Já que não há, por ora, disponibilidade para contratação de mais bolsistas, a sala precisa ficar fechada nos horários “não nobres”, os menos movimentados do CEPEUSP, como afirmou a fonte.
O outro é que os contratados não são formados e possuidores de CrEF, então, pela lei nº 11.788, de 25 de Setembro de 2008, só podem exercer atividades mediante supervisão em tempo integral de seus responsáveis, o que nem sempre ocorre.
Segundo a mesma fonte, os 38 professores do CEPE se revezam para esclarecer as possíveis dúvidas que os auxiliares tenham e ressalta ainda que a sala é um espaço de uso livre, bem como a piscina, as quadras, ou a pista de corrida. “Cabe aos monitores identificar o usuário que não sabe praticar e encaminhar a um dos cursos de Musculação do CEPEUSP (que ficam no estádio de futebol). a sala é de uso exclusivo para pessoas que têm experiência na prática da modalidade”.
Algumas normas foram modificadas para melhorar a organização do local. Agora são necessários calçados e trajes adequados para o uso da sala. Além disso, é feito um cadastro para controlar a quantidade de pessoas no interior do espaço, que não pode superar 25.
Apesar de provocar pequenas filas nos horários mais movimentados, em especial os do fim da tarde, a regra foi vista com bons olhos pelos usuários, que acreditam que um maior número de pessoas no local atrapalharia o desempenho durante a musculação. São ainda estudados projetos de parcerias com atléticas que queiram treinar seus atletas em um determinado horário, para que não haja superlotação.
Além da aquisição e reparo de alguns de seus aparelhos, a reforma da sala contou com o conserto de rachaduras, pintura e troca do piso emborrachado, totalizando aproximadamente 28 mil reais, segundo dados apresentados. Ainda devem chegar, nos próximos dias, mais halteres, anilhas, um puxador para exercício de costas e uma cadeira adutora/abdutora, diz o entrevistado.
Para diminuir a necessidade de manutenção, os novos aparelhos não farão uso de cabos como antes, pois arrebentam com maior frequência.
O término das obras estava previsto para março, mas a burocracia da Universidade e outras prioridades de investimento do CEPE foram apontadas como responsáveis pela demora. Passadas duas semanas da abertura, a academia já registrava um fluxo de 1350 entradas.