Museu do Ipiranga passará por obras

O Museu Paulista (MP), localizado no bairro do Ipiranga, vai receber investimentos na ordem de 21 milhões de reais para que se realizem reformas em sua infraestrutura. O local, que é considerado Monumento Nacional, será expandido e melhorará em acessibilidade.

Para Sheila Walbe Ornstein, diretora do Museu, as obras são importantes para a conservação de “um edifício centenário e patrimônio municipal, estadual e nacional, que necessita de restauro arquitetônico que preserve as características do sistema construtivo do século XIX ao mesmo tempo em que necessita atender aos critérios contemporâneos para exposições e abrigo de reservas técnicas diversificadas no campo da História do Brasil”.

Segundo Sheila, os principais objetivos da reforma são o restauro das fachada e o atendimento aos quesitos normativos de acessibilidade e de segurança contra incêndio, além de estarem previstas modernizações em termos de instalações elétricas, telefonia e redes de voz e dados.

A diretora conta que o restauro e as obras de modernização do edifício histórico começaram a ser planejadas há vários anos e já foram aprovadas nas três esferas do patrimônio. Em relação aos prazos, Sheila alerta que “a Superintendência de espaços Físicos da USP está se mobilizando para o desenvolvimento destes projetos e obras. A previsão é que diagnósticos e projetos – sem os quais é impossível realizar obras desta importância – serão concluídos no caso do edifício histórico neste ano”. Segundo ela, as obras deverão ter início no próximo ano, sendo observados os prazos licitatórios e os cuidados técnicos que a atividade irá requerer.

Para a realização das obras, é provável que o museu fique fechado total ou parcialmente durante alguns períodos. A diretora justifica a interrupção das atividades: “Fechamentos parciais ou totais durante obras em museus com o perfil do Museu Paulista são comuns em todo o mundo e visam preservar o acervo e as reservas técnicas assim como leva em consideração a segurança contra acidentes”.

A diretora afirma que o tamanho das obras reflete um objetivo a longo prazo “Estamos pensando no museu para o Bicentenário da Independência (2022) e as grandes festividades e eventos internacionais que estão por vir” “Será um Museu acessível a pessoas com deficiência, possibilitando o atendimento a uma gama de pessoas que poderão usufruir com conforto as diversas exposições e projetos pedagógicos do Museu”, salienta.

Sobre os custos empregados na realização das obras, não é possível estabelecer um orçamento imutável. “Há estimativa inicial de verba para reabilitação do edifício histórico, porém é possível prever eventuais acréscimos frutos de descobertas e imprevisibilidades muito comuns em obras desta natureza”, afirma a diretora Sheila Walbe.