Em reunião realizada no último dia 6, mais de 20 alunos da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) discutiram o projeto de nova vivência estudantil. O espaço atual, afirmam, é visitado por ratos e insetos, e fica ao lado do córrego Pirajuçara, que recebe o esgoto da região. A estrutura apresenta diversas rachaduras.
A proposta dos estudantes é que a vivência se mude para o prédio onde funcionava, até o ano passado, o restaurante da unidade. Com o fim do empreendimento, o espaço tem sido provisoriamente ocupado pela biblioteca da Escola, que permanecerá no local até o fim da reforma em seu espaço original.
Segundo Gabriel Dolce, um dos organizadores do movimento, o plano elaborado pelo grupo sugere que a edificação seja dividida entre as entidades dos alunos (Atlética, Centro Acadêmico e Empresa Júnior) e o grêmio dos funcionários.
A demanda pela relocação da vivência é norteada pela proximidade do córrego, afirmam os alunos. “Reformar a vivência não nos afasta do rio, nosso maior problema”, diz a aluna Daniele Machado. A situação se agravou com o fechamento do restaurante: “Muita gente vem comer na vivência”, observa o aluno Lucas Magalhães Lima. “Às vezes não dá para almoçar aqui por conta do cheiro do rio”.
Vicente Dutra, membro do grêmio de funcionários, frisa que os problemas enfrentados pelos alunos também são recorrentes entre os servidores, que têm sua base próxima à vivência. “Realmente, falta espaço”, declara. Segundo ele, são cerca de 140 membros no grêmio. A restrição física do local faz com que cadeiras e materiais sejam deixados ao ar livre, o que acelera sua degradação.
Para uma funcionária que preferiu manter o anonimato, é preciso debater a possibilidade de reabrir o restaurante. “Não há outras opções [de alimentação] por perto”.
A diretoria da EEFE afirmou não ter sido comunicada oficialmente sobre a proposta dos alunos, mas ressaltou que limitações físicas da Escola afetam a todos e que, por conta de legislações ambientais, não pode ergues novas construções. Além disso, afirma não ter respaldo legal para estabelecer sozinha o uso do prédio, que deverá ser definido a partir de sessão extraordinária do colegiado, ainda neste mês.
Segundo a diretoria, as rachaduras na vivência ja foram vistoriadas por técnicos da Superintendência de Espaço Físico (SEF) e de uma empresa privada, que ainda estão formulando o laudo técnico.