Ranking enaltece cursos da USP com menor infraestrutura

No início do mês de maio, foi divulgada a edição 2013 do QS World University Rankings by Subject, pela empresa Quacquarelli Symonds, classificando universidades do mundo todo em 35 áreas de concentração. A USP está entre as 100 melhores em 26 delas.

Entre os critérios de avaliação, estão reputação acadêmica, como empregador, citações por artigo científico e citações por índice h. Este último representa um número h, variável de artigos científicos, que citem a Universidade no mínimo h vezes. Entre as áreas da USP com maior destaque, estão a Filosofia e Estatística e Pesquisa Operacional em respectivos 41ºs lugares, Educação, na 45ª colocação e Comunicação e Estudos Midiáticos, no 48º posto. Outras áreas, como História e Química, apareceram entre as posições 51-100ª. A surpresa vem com as colocações de áreas de maior status da USP, como Direito e Medicina, também após os 50 melhores.

A professora Marisa Helena de Medeiros, do IQ, preferiu não atribuir valor irrestrito ao ranking. “Todas as classificações dependem dos parâmetros utilizados, não tem como comparar essa ou aquela unidade a outra de uma só maneira. Se for olhar pela internacionalização, uma unidade vai ser mais bem avaliada, se for pela estrutura física, outra vai melhor, é muito relativo”.

Outra classificação abaixo do top 50 foi a de Economia e Econometria, enquanto que, na área de Contabilidade e Finanças, a USP ficou fora da lista dos 200 apresentados. Este resultado segue oposto às diferenças estruturais existentes entre as unidades que oferecem esses cursos, no campus Butantã. Enquanto as salas da FEA, por exemplo, contam com ar condicionado e modernos equipamentos de datashow, a maioria das salas da FFLCH não conta com alguns desses mesmos elementos.

Uma aluna de História, que não quis se identificar, se disse surpresa com o resultado. “Se fosse só pelo critério de citações acadêmicas, até acho que faz sentido, porque a gente sabe que os cursos de Economia e Contabilidade daqui tem investimento privado, e eles querem ‘retorno’. O aluno já vai trabalhar na área, não publica tanto. Já no meu curso, os alunos são mais ‘livres’, podemos publicar mais e não temos de fazer artigos tendenciosos, que favoreçam uma ou outra organização”.

Mesmo com problemas estruturais, História foi um dos destaques na avaliação