Cetesb nega riscos à comunidade da EACH e diverge de docentes

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) se reuniu com professores, funcionários e com o diretor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), professor Jorge Boueri, para prestar esclarecimentos sobre a situação ambiental do campus. Uma placa foi afixada, com os logos da Cetesb e da Superintendência do Espaço Físico (SEF), interditando áreas por possuírem “contaminantes com risco à saúde”. Estes locais receberam terras de origem desconhecida em 2011.

A Cetesb declarou que a placa foi indevidamente colocada. Entretanto, a SEF afirma que a interdição da área foi uma solicitação da Companhia. A sua diretora, Ana Cristina Pasini, e o gerente do Departamento de Avaliação Ambiental de Processos, Alfredo Rocca, asseguram que “não há riscos para as pessoas que trabalham e circulam pelo campus”.

Os docentes alegam que a Cetesb não tem laudo completo e que faltam estudos complementares sobre a situação do campus. Deste modo, a Companhia não pode garantir a segurança da comunidade. “Queremos o esclarecimento total das nossas condições de saúde dentro da EACH”, disse o representante dos funcionários na assembleia geral. Durante a reunião, não houve esclarecimentos sobre a origem da terra contaminada despejada no campus, nem sobre o responsável pela ação.

Em assembleia, os presentes decidiram pela criação de um comitê paritário de greve, que contará com cinco representantes de cada categoria. Além disso, também foi discutida a criação de um boletim informativo, independente do site exclusivo para a greve, já existente.

Outra deliberação foi a da colocação de um aviso na área contaminada, que, após a retirada da placa com os logos da Cetesb e da SEF, se encontrava sem qualquer tipo de sinalização ou isolamento. A região já foi cercada e o cartaz afixado, informando, além da presença dos contaminantes com riscos à saúde, a greve dos professores, funcionários e alunos da Escola.