Investimento em esporte na USP é ampliado

A Pró-reitoria de Graduação tem custeado campeonatos esportivos da universidade

Em um ano no qual o Brasil receberá o maior evento esportivo do mundo, a Olimpíada, a USP também decidiu ampliar seus investimentos no esporte. Após arcar com todos os gastos do BichUSP – torneio voltado para os ingressantes que defendem suas faculdades em algumas modalidades esportivas – de 2015, a Pró-reitoria de Graduação (PRG) da universidade, além de custear a edição de 2016 do campeonato, também destinará dinheiro para a realização da Copa USP – competição semestral envolvendo faculdades da USP. No ano passado, a PRG injetou dinheiro para a realização da Copa dos Campeões, disputa na qual o vencedor da Copa USP e do Jogos da Liga – disputa que acontece no segundo semestre do ano – se enfrentam. Este ano, o investimento continua, assim como para a realização do Intrabixo, que acontece em Ribeirão Preto.

Segundo o pró-reitor de gradução, Antonio Carlos Hernandes, financiar o esporte universitário é uma das diretrizes gerais estabelecidas pela gestão 2014. Para isso, ele foi assistir ao BichUSP de 2014, no dia da premiação, para conhecer e entender melhor o torneio. A partir daí, começaram as conversas com a Liga da Atlética Acadêmica da Universidade de São Paulo, a Laausp, para dar seguimento ao projeto. “No ano passado, aumentou o número de equipes que estiveram envolvidas com os campeonatos, além do número de alunos, tanto os que participaram como esportistas, quanto os que foram assistir”, comemorou.

Antônio Carlos Hernandes destaca a revelvância da prática do esporte universitário para a formação (foto: Daniel Tubone)
Antônio Carlos Hernandes destaca a revelvância da prática do esporte universitário (foto: Daniel Tubone)

Com o sucesso da competição dos calouros, Hernandes percebeu que poderia ir além. Assim, a Copa USP entrou no pacote dos torneios esportivos financiados pela universidade. Ao todo no BichUSP, na Copa dos Campeões e na Copa USP serão gastos quase R$ 300 mil com arbitragem, premiação, divulgação e materiais. O pró-reitor garante que mesmo com questionamentos sobre esse dinheiro, que poderia ser destinado para outras áreas, o projeto não será interrompido. “É um investimento, e não um gasto. O produto principal dessa universidade são as pessoas e o esporte faz parte disso. A decisão da destinação do recurso depende do reitor, então se reclamam que não há priorização, ele priorizou”.

Reconhecimento

O papel do esporte é constantemente lembrado pelo pró-reitor, que ressalta que ter três ou quatro campeonatos institucionalizados atrai bons olhos para a universidade e faz com que possíveis ingressantes que saibam dessa informação se animem ainda mais. Para ele, um ponto crucial é destacar que tudo é organizado pelos estudantes, mostrando que a universidade vai muito além da sala de aula. Levar a informação do que tem sido feito até professores e outras pessoas envolvidas com a USP é uma maneira de ganhar apoio para que o esporte continue sendo parte do processo de formação. Hernandes quer manter o projeto vivo: “está no segundo ano e enquanto eu estiver aqui, espero fazer sempre”.

(foto: Daniel Tubone)
(foto: Daniel Tubone)

Reformas

Quando a parceria entre PRG e Laausp foi firmada, representantes das duas foram até o Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepe) avaliar a estrutura disponível, afinal, não fazia muito sentido investir no esporte se não existissem lugares adequados para que ele fosse praticado. Junto com o diretor do local, foram levantados os pontos críticos e que precisavam ser arrumados.

Desde que foi construído, o ginásio não passou por uma reforma, então as partes decidiram que arrumar o telhado seria algo importante, mesmo que isso implicasse em algum tempo sem uso. A licitação já aconteceu, mas a reforma ainda não começou. Além disso, existem planos para aquecer a piscina. No entanto, a tesoureira da Laausp, Victoria Soto, afirmou que a entidade aguarda o trâmite entre a USP e as empresas interessadas na reforma. “Não tem data, não tem previsão, mas assim que entrar o dinheiro, o projeto demora duas semanas para ser concretizado”.

 

Por Paula Thiemy