Apesar da confusão, times são pouco afetados pela gestão desfalcada
Por Amanda Péchy
A Atlética da EACH está encolhida desde o semestre passado. Após uma série de turbulências que envolveram problemas pessoais e conflitos internos, grande parte da gestão abdicou. Ficaram vagos importantes cargos, como presidência, secretaria e tesouraria.
No dia 27 de julho, ocorreu uma assembléia geral para eleger uma “junta governativa”, que pode responder pela atlética durante 30 dias, até novas eleições. Foram voluntários Bruno Kliamca, Rebecca Malachias e Luca Musa, e a eleição foi marcada para 22 de agosto.
Duas chapas se candidataram. Durante quatro dias, todos os integrantes foram entrevistados por atuais e antigos diretores para avaliar a candidatura. Ao fim desse processo, ambas as chapas foram rejeitadas.
“Eles barraram os dois vice-presidentes das chapas, eu e Pedro”, afirmou Luca Musa. De acordo com os entrevistadores, eles foram considerados inaptos a concorrer. A atlética não pode revelar os critérios para essa decisão.
Nova assembléia foi convocada no dia 23 de agosto para substituir a junta governativa que caducaria dali a quatro dias. Guilherme Lamana, Gabrielle Simonassi e Luca Musa se voluntariaram. Uma segunda eleição foi definida para 18 de setembro.
A posse está prevista para um dia depois. Dessa vez, apenas uma chapa se inscreveu e passou por uma nova bateria de entrevistas. Será uma gestão provisória, até o fim do ano. Em 9 de outubro, haverá uma outra eleição para a gestão 2019.
Times
Para os membros da junta eleitoral, apesar do desarranjo, os times da EACH não foram muito afetados. “Cada atleta paga mensalidade. É mais para técnico, mas também para material”, disse Guilherme.
Uma parte do dinheiro arrecadado pela atlética é repassada aos times através de inscrições em campeonatos e um auxílio mensal de até 300 “para modalidades cuja caixinha fica abaixo de 100 reais”, segundo Luca. Por isso, os treinos estão ocorrendo normalmente. A situação gerou debate entre os atletas sobre a real função da entidade.
Agora, a maior preocupação é com o CaipirUSP, 2 de novembro, principal inter da EACH. A inscrição está feita, mas faltam pagamentos.
Luca Musa e Gabriela Simonassi se esforçam para evitar transtornos até a situação se normalizar