Enquanto alguns prédios são tombados e bem cuidados, outros ficam à própria sorte na Universidade. Desprovidos de atenção, não atendem às suas funções e afetam a qualidade dos serviços.
Em reforma há oito anos, o prédio do Departamento de Rádio e Televisão (CTR) da ECA foi ampliado para abrigar o curso de Audiovisual quando ele foi criado. Segundo a professora Esther Hamburger, chefe do CTR, um novo andar foi construído para abrigar equipamentos e estúdios únicos na USP. O detalhe: faltou a escada de acesso ao novo andar.
A obra de ampliação era dividida em etapas e, quando fizeram o segundo andar, esqueceram-se da escada, que só foi construída na fase seguinte. A construtora fez uma provisória, retirada depois da reforma. No dia da inauguração, os presentes – incluindo o ex-ministro Gilberto Gil – quiseram conhecer o andar novo, e só então notaram que não havia como subir lá.
No Cepeusp, as chuvas deste começo de primavera causaram inconveniente nos Jogos da Liga, com pontos de alagamento dentro dos módulos para esportes coletivos. O professor Carlos Bezerra de Albuquerque, diretor do Cepeusp, diz que, segundo a lenda, os módulos foram construídos com base na estrutura dos Jogos Olímpicos de Munique, adaptada para neve. “E, que eu saiba, nunca nevou em São Paulo!”.
Para a utilização do espaço foi preciso trocar o piso por um resistente à água. Construídos há 35 anos, os módulos estão deteriorados e é necessária uma reforma, sem previsão para começar, que vai custar por volta de R$ 1,5 mi. Enquanto a burocracia da Universidade não anda, as goteiras se acumulam e os jogos continuam sofrendo interrupções.