Quem passou pela avenida Paulista e viu jovens vestidos como os personagens da novela infantil Chiquititas, dançando a coreografia da música Mexe Mexe, não deve ter imaginado que aquela cena fazia parte da 20ª edição da Caça ao Canguru, uma gincana promovida pela Atlética da FEA-USP.
O tema da competição foi “Infância”. Além da gravação do clipe na avenida Paulista, os participantes tiveram que conseguir fotografias com ídolos de antigamente, simular uma excursão infantil em ônibus urbano e procurar um peixe como o da animação Procurando Nemo em shoppings.
Essas provas exijem apenas que os participantes sejam desinibidos. Outras, porém, como a caça ao tesouro e o rally, demandam tempo e conhecimento do campus e seus arredores.
A maioria das tarefas da gincana ocorre dentro da cidade universitária, no último final de semana de setembro, e reúne alunos e ex-alunos da FEA. Cristiano Farias, que cursa Contabilidade (sua segunda graduação na Faculdade), já participou de dez edições da gincana e, neste ano, foi campeão com a equipe “Rakumin”. Segundo ele, a competição é uma boa oportunidade para reencontrar colegas que já se formaram e conhecer novas pessoas.
Outro objetivo da gincana é a diversão dos alunos. Luciana Hueso, da equipe campeã, estudante do 1º ano de Administração, revela que o grupo não tinha uma estratégia definida para vencer a competição. “Fomos com o espírito de nos divertir e fazer o possível, sem estressar”, afirma.
A gincana também desempenha uma função social, com a realização de provas como as doações de sangue e a arrecadação de alimentos. “Esse tipo de tarefa nem encaramos como pontos para a competição, mas, sim, obrigação”, afirma Cristiano.
A Organização
A Caça ao Canguru começa a ser preparada em junho pela Atlética. Segundo o presidente da entidade, Lucas Piton, muitos calouros que participam da gincana passam a se interessar pelo trabalho de organização que há por trás dela.
A corrida tem também a colaboração da rádio USP que transmite, nos intervalos de sua programação, vinhetas anunciando tarefas surpresas.
A competição é aberta ainda aos estudantes do curso de Relações Internacionais, cuja sede está na FEA. “Nunca houve a idéia de expandir a gincana para a USP toda, não por restrições da Atlética, mas, sim, porque as outras unidades, em nenhum momento, manifestaram interesse em participar”, explica Piton.