A educação é a maior preocupação em relação à cidade de São Paulo para 32,2% dos uspianos. Ela só perde para a segurança entre os funcionários – 22,1% deles consideram que a educação é o principal problema, contra 22,6% que acham a segurança mais relevante.
Esse número não é descolado da realidade do restante da cidade, mas aponta uma inversão de prioridades. Em pesquisa do Ibope de agosto, contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo, a educação foi citada como uma grande preocupação por 53% dos entrevistados. Mas por esse levantamento, a saúde é tema principal para 74% dos paulistanos. O Ibope permitia que o entrevistado escolhesse vários temas, ao contrário da pesquisa feita pelo JC.
Na USP, saúde é a principal preocupação para 6,6%. Aparece em quinto lugar, atrás ainda de transporte, segurança e distribuição de renda. O acesso à saúde de qualidade não é um dos principais questionamentos entre alunos e professores. Apenas entre os funcionários ela aparece em terceiro lugar, com 17,5%.
Entre alunos e docentes, as preocupações que vêm em segundo e terceiro lugares são transporte e segurança, respectivamente. O transporte é mais lembrado entre professores (24,1%) e a segurança menos lembrada pelos alunos (14,2%).
Apesar da incerteza no mercado de trabalho, os alunos quase não se preocupam com o tema emprego (1,5%). Nenhum professor citou esse tema, enquanto ele ainda é uma grande questão para 3,6% de funcionários. O universo acadêmico também não favorece o desempenho de temas ambientais e culturais na pesquisa, citados por 1,3% e 1,2% do total, respectivamente.