A Coordenadoria do Espaço Físico da USP (Coesf) determinou a desocupação do imóvel do Núcleo da Consciência Negra. Entre as razões, estão a ausência de convênio com a universidade, a cobrança de mensalidade no cursinho pré-vestibular e o uso indevido do nome USP.
De acordo com João Cyro André, coordenador da Coesf, o Núcleo da Consciência Negra nunca foi efetivado como grupo vinculado à universidade. Entre os membros do Núcleo, não há nenhum professor ou funcionário da USP. O Núcleo não possui um coordenador, mas Adriana Rodrigues Novais, uma das responsáveis, disse que não cobram mensalidade. “É uma taxa de ajuda de custo de 370 reais semestrais para comprar apostilas, pois a universidade paga apenas a água, luz e telefone”. O cursinho possui 35 alunos e é a única atividade exercida atualmente.
A Coesf declarou que pediu a regularização da situação do Núcleo por diversas vezes, mas os integrantes não firmaram convênio com nenhum professor da universidade. João Cyro expôs ainda que “não há inclusive, informação precisa de como o Núcleo de Consciência Negra ‘na’ USP veio a ocupar um espaço no Campus”.