Obras na Fofito já duram 3 anos

Cotidiano de membros da comunidade é prejudicado por prorrogação de prazo

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A atual sede da Fofito (escola que reúne os cursos de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) vem passando por reformas desde 2013. Um ano antes delas começarem, o Prédio Didático da unidade foi entregue e as aulas começaram a ser ministradas normalmente. Em 2013, o CDP (prédio que abriga a administração da Fofito e salas de professores e pesquisadores) começou a receber reformas estruturais básicas: construção de três banheiros, elevadores e reparos em algumas salas. A previsão de entrega era meados de 2014, mas a obra continua em curso.

Segundo a professora Raquel Casarotto, atual chefe de departamento, ajustes precisaram ser feitos no projeto inicial e alguns aditivos foram estabelecidos, o que obrigou o prazo a ser prorrogado para 2015. Raquel indica que a empresa contratada diminuiu o ritmo das reformas até pararem quase completamente. “Em determinado momento, somente dois funcionários da empresa estavam trabalhando na obra”, relata. Ela afirma ainda que o ritmo só foi retomado após a cobrança da chefia do departamento perante a SEF (Superintendência do Espaço Físico) da USP.

“O último prazo fornecido [para a conclusão da obra] pela SEF foi novembro de 2016, mas outra prorrogação já está sendo solicitada pelos engenheiros responsáveis, para entregá-la em abril de 2017”, aponta a chefe de departamento. Enquanto as reformas prosseguem, o CDP opera entre tapumes, ferramentas e muito pó.

José Eduardo Pompeu, professor e pesquisador da Fofito, relata que desde sua admissão as condições de trabalho estão bastante precárias. “Infelizmente, desde que ingressei na USP em 2014, não tenho sala nem laboratório. Muitas vezes agendo reuniões na lanchonete com meus alunos de pós-graduação ou até mesmo com professores de outras instituições”, aponta. Pompeu afirma que o atraso é vergonhoso e a qualidade das obras é péssima. “Estou com crise asmática e sendo medicado por causa do pó, coisa que não acontecia há anos”, revela.

Segundo Raquel Casarotto, professores e funcionários estão sendo muito prejudicados pela duração da reforma: “A secretária da copiadora toma antialérgico todos os dias para conseguir trabalhar. É gravíssimo estarmos todos submetidos a esta condição de insalubridade durante todos estes anos”. O Jornal do Campus tentou falar com os engenheiros da SEF pessoalmente e através da assessoria de comunicação, mas não obteve resposta.

Além das obras no CDP, um anfiteatro começou a ser construído em 2014 ao lado do Prédio Pedagógico, mas foi cancelado no mesmo ano por não ser prioritário. Segundo a chefe de departamento, “a reitoria optou por finalizar as obras que ‘tinham pessoas dentro’, ou seja, que estavam em funcionamento”. Raquel alerta ainda que a obra foi embargada por conta de problemas estruturais e deve ser demolida em breve. Os escombros do futuro anfiteatro continuam expostos.