Falta de salva-vidas impede a utilização da piscina olímpica e do tanque do local
Por André Netto
As piscinas do CEPE servem para diversas atividades: desde o puro lazer durante o calor, até treinos de atléticas e aulas para iniciantes. Mas a falta de aquecimento na água do complexo faz com que, todos os anos, as piscinas fechem durante o inverno, devido a riscos para a saúde, como hipotermia, causada pela baixa temperatura da água.
A surpresa deste ano foi que, após a reabertura do complexo no meio de setembro, o tanque e a piscina olímpica estavam com utilização limitada entre finais de semana esporádicos e eventuais quintas e sextas-feiras. Ainda não há previsão para a volta do funcionamento normal.
Salva-vidas afirmaram que a situação se deve à falta de mais um funcionário para vigilar as águas e impedir acidentes. A diretoria do CEPE não respondeu o Jornal do Campus.
Nada de nadar
O fechamento prejudica as atléticas que utilizam as piscinas para treinar para as competições universitárias. Lucas Rosiello, treinador da natação da POLI afirma que os horários restritos não afetaram sua equipe diretamente, mas se preocupa com outros usuários.
“Como os treinos ocorrem no horário de almoço, não tivemos problemas com relação a quantidade de raias. Existem outras atléticas que treinam no final da tarde, mas utilizam as piscinas de 25 metros. Eu vejo um problema pensando mais na comunidade USP e em atletas que muitas vezes tem aula durante o almoço e só conseguem treinar fora do horário”.
Apesar de os novos horários não terem prejudicado a frequência dos treinos, o treinador se mostrou bastante descontente com a infraestrutura disponibilizada pelo CEPE. “Desde o começo do ano a POLI está com bastante dificuldades em relação a espaço e estrutura. Em algumas ocasiões chegamos a ter entre 45 e 50 atletas na piscina e temos apenas 2 raias, prejudicando muito a qualidade dos treinos”.
Segundo o treinador, a situação chegou ao ponto da equipe economizar dinheiro para treinar em outros lugares: “Faz alguns anos que reservamos dinheiro para treinar fora do campus, pois a organização entre atléticas e CEPE e a manutenção da piscina não fornece uma qualidade mínima. São pequenos detalhes, mas que fazem a diferença no dia a dia, como por exemplo a quantidade de cloro na água, aderência dos blocos de saídas, bandeirinhas de localização da piscina, entre outros. Estou na USP desde 2014 e tenho medo de que toda essa estrutura do parque aquático, com um potencial que temos, não seja cuidada da forma que merece.”