Por Letícia Camargo
O jornal pode ser do campus, mas já há algum tempo que as pautas de todos se unificaram. Com a retomada das atividades econômicas, muitas cidades e países começam a se adaptar ao “novo normal”. E com isso passamos a adotar costumes e protocolos que jamais pensamos que seriam necessários para conviver em sociedade. Mas o que é este “novo normal”, no fim das contas?
São muitos os questionamentos sobre como será a vida daqui pra frente. E isso implica a vivência universitária, mas também aquela que nos é pessoal. Por isso, nesta edição buscamos explorar como serão os nossos novos hábitos e o mundo pós-pandêmico.
São tantas as novas mudanças que é um trabalho árduo enumerá-las. Talvez nunca tivéssemos pensado no quanto tudo poderia mudar, assim, de uma hora para outra. Mas, também nunca medimos a nossa capacidade de nos adaptar às adversidades da vida.
Portanto, nesta edição de número 510 os repórteres do JC foram descobrir o que faremos agora, sabendo que nada mais será igual ao que era antes. Como está a rotina daqueles que permaneceram trabalhando, tal como os motoristas de ônibus? E como está sendo a adaptação dos professores, que tentam suprir as necessidades dos alunos ao mesmo tempo em que lidam com um campo ainda pouco explorado: o EAD? São algumas das perguntas que procuramos responder.
A preocupação com a saúde mental também foi um assunto recorrente neste número. Entre as matérias que exploram o tema, os alunos de Jornalismo buscaram entender como os profissionais de saúde, da linha frente, estão lidando com a nova pandemia. E, por outro lado, como é viver o luto dos entes queridos em um momento em que não é possível vê-los.
Já dentro da USP, investigamos a rotina dos cientistas que continuaram pesquisando durante a pandemia. E também como está a adaptação de quem deseja ingressar em cursos de graduação no próximo ano: como os cursinhos pré-vestibulares estão sendo administrados agora?
São inúmeras as dúvidas e incertezas levantadas para a edição. Mas acreditamos que são novos tempos, mesmo que difíceis, ainda assim novos. É o momento de pensarmos sobre quais hábitos e costumes queremos levar daqui pra frente. E o que já não nos cabe mais individualmente e, sobretudo, como sociedade.