Complementar à grade curricular, tutoria não funciona na prática

Na hora da matrícula, antes mesmo de encarar a burocracia da universidade, o aluno é posto sob outro desafio: escolher, entre as disciplinas oferecidas, aquelas que melhor se adequam a suas pretensões curriculares e profissionais. Esta questão motivou, em alguns cursos, uma possível solução: a tutoria ou orientação acadêmica.

Recentemente, a Comissão de Graduação do curso de Relações Internacionais recebeu de sua representação discente uma proposta de criação de um programa de tutoria para os alunos. A idéia era oferecer auxílio ao graduando na composição de sua grade horária, que, a partir do 3º ano do curso, é livre. A evolução no curso seria monitorada por um tutor, expandindo para além da sala de aula a influência dos professores na formação dos alunos. Porém, o projeto não foi aprovado devido à falta de conhecimento do corpo docente em relação a grande parte das disciplinas ministradas no resto da universidade.

Outras iniciativas semelhantes acabaram sendo abandonadas, sem sequer entrar em funcionamento. É o caso do curso de Jornalismo. Já na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, a tutoria existe teoricamente mas, segundo a professora Elfriede Bacchi, precisa ser melhorada na prática.

Estudantes bem orientados poderiam, inclusive, ajudar a “desafogar” o Júpiter, uma vez que a escolha das optativas seria mais bem planejada.