Cronologia da crise

Euforia
  • Saindo de uma crise que atingiu o país no começo dessa década, o governo dos EUA baixou a taxa de juros para estimular a economia.
  • Criava assim uma fartura de crédito que incentivou a compra e o refinanciamento de imóveis e de hipotecas. O mercado imobiliário se valorizou.
Realidade
  • Grande parte das hipotecas foi concedida a pessoas com histórico de más pagadoras (tipo subprime). Em troca, elas recebiam do banco uma diferença em dinheiro, utilizada para a compra de novas casas, reformas ou para o consumo em geral.
  • Para captar dinheiro, os bancos venderam ao mercado financeiro títulos que tinham como garantia o pagamento das hipotecas. Os investidores, por sua vez, fizeram, a partir destes papéis, novos títulos e os espalharam por todo o sistema bancário. Criava-se uma bola de neve.
  • Para conter a inflação, os EUA subiram os juros de 1% para 5,33%. As mensalidades dos financiamentos das casas ficaram mais caras, de forma que muitos não conseguiam pagá-las.
    A inadimplência atingiu níveis recordes. Com mais casas no mercado e poucas pessoas para comprá-las, os preços dos imóveis despencaram.
  • Os títulos que eram garantidos pelo pagamento das hipotecas perderam valor, trazendo perda aos bancos.
Crise
  • Bancos dizem que seus investidores não conseguirão resgatar o dinheiro investido e se recusam a emprestar dinheiro uns aos outros. Muitos se vêem à beira da falência e os Bancos Centrais dos EUA, da Europa e da Ásia começam a intervir injetando dinheiro no mercado.
  • Várias instituições financeiras quebram, as Bolsas de Valores pelo mundo despencam e o governo Bush aprova um plano de socorro bilionário para ajudar os bancos do país.
  • No Brasil, o real sofre forte desvalorização e o governo anuncia medidas para estimular a oferta de crédito para exportação.