Em obra no Paço das Artes, abandono e risco de dengue

Com as chuvas intensas no mês de novembro, o andar inferior da obra abandonada ao lado do Paço das Artes ficou alagado, transformando o local em provável foco do mosquito transmissor da dengue

Paço das Artes (foto: Rafael Benaque)
O espaço, hoje cheio de entulhos e lama, começou a ser construído pela Secretaria de Estado da Cultura na década de setenta para abrigar o Centro Estadual de Cultura e Civismo.

Paço das Artes (foto: Rafael Benaque)

Paço das Artes (foto: Rafael Benaque)
Como o prédio pertence à Secretaria da Cultura e ocupa terreno em área externa à Cidade Universitária, a USP não é responsável pelo controle. Márcia Mauro, engenheira da PCO (Prefeitura do Campus), diz que os funcionários adicionam cloro (que mata as larvas do Aedes aegypti) no espelho d´água da Praça do Relógio e nas fontes, mas nos arredores do campus o trabalho se restringe à orientação: “Nas nossas reuniões participam representantes da São Remo e do Paço das Artes, por exemplo, mas nós só orientamos, não colocamos cloro nem fiscalizamos”.

Paço das Artes (foto: Rafael Benaque)
A PCO está preparando uma campanha de prevenção à dengue. O assistente técnico Hamilcar Miranda disse não saber do alagamento, mas afirmou que incluirá a obra abandonada nas ações da campanha. Segundo Sérgio Assumpção, diretor de planejamento da Coordenadoria do Espaço Físico, a USP já tentou adquirir o prédio, mas pendências da Sec. da Cultura com a construtora responsável impossibilitaram as negociações.