Fórum das Seis só negocia com a PM fora do campus

O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) propôs , em reunião realizada em 16 de Junho, a retomada das negociações com o Fórum das Seis, entidade que reúne as representações de professores e funcionários de USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A proposta do Cruesp de duas novas reuniões, entre as comissões técnicas de ambas as partes em 19 de Junho e entre o Conselho e uma comissão do Fórum das Seis em 22 de Junho, não foi aceita pelo Fórum, que informou em nota que “só negocia sem a presença da Polícia Militar no campus da USP”.

Também em nota, o Cruesp disse que espera que as negociações sejam “conduzidas em clima de tranqüilidade” e informou que espera que essas “levarão à superação das divergências e devolverão a normalidade às instituições universitárias”. A Reitora Suely Vilela informou em comunicado que “ apresentei proposta de um acordo envolvendo, simultaneamente, a retirada da Policia Militar do campus e o compromisso dos manifestantes em não obstruir os acessos dos prédios da Universidade”. No comunicado ainda, a reitora reafirma sua “ disposição, em nome da Administração Central em resolver os conflitos ora colocados”.

Já o Fórum das Seis reafirmou que “o uso da força policial é incompatível com o diálogo democrático” e representa “ um atentado ao direito de livre manifestação na universidade e no conjunto da sociedade”. Quanto à realização de piquetes, o Fórum explicou que há “a necessidade de uma manifestação pública formal de repúdio à ação de agentes institucionais que pressionam e assediam moralmente os grevistas”. Sobre o comunicado da reitora, o Fórum informou que ainda não há um posicionamento da entidade quanto a proposta, o qual deverá ser tomado na Assembléia de sexta-feira, 19 de Junho.

Unicamp e Unesp

Em Assembléia realizada no último dia 10 de Junho professores e estudantes da Unicamp decidiram entrar em greve por período indeterminado. A decisão foi tomada em virtude do conflito de 9 de Junho, entre Policia Militar (PM) e estudantes e funcionários da USP que estão em greve. Na Unesp as representações das três classes também aderiram à greve.