Leis de trânsito são ignoradas na USP

A fiscalização do trânsito no campus da Cidade Universitária é de responsabilidade da CET e da PM

Carros e ônibus andam em alta velocidade, vagas reservadas a deficientes são desrespeitadas, a preferência a outros veículos nas rotatórias é desobedecida. O trânsito dentro da USP parece não ter regras. Mas não é bem assim. O Código Brasileiro de Trânsito (CBT) é válido em todo o território nacional, inclusive na Cidade Universitária.

A fiscalização dentro do Campus da Capital é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de São Paulo. Essa função é exercida através da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Polícia Militar (PM). “A Guarda Universitária, quando se depara com alguma infração, especialmente de estacionamento proibido, tem instruções de avisar a PM, que é quem vem autuar os infratores” explica Eduardo Barbosa, Assistente Técnico de Direção da Coordenadoria do Campus da Capital (Cocesp).

Está em andamento a formalização de um convênio entre a USP e a PM para a fiscalização sistemática do trânsito.

Motociclista transita entre fila no restaurante central (foto: Carol Nehring)
Motociclista transita entre fila no restaurante central (foto: Carol Nehring)

Uma outra questão que preocupa quem transita pelas vias do Campus são os ciclistas. Eduardo Barbosa afirma que as pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte são bem vindas e que a USP tem planos de criar ciclofaixas e ciclovias. Já o ciclismo esportivo, que forma pelotões, não está nos planos da Cocesp.

Carlos Fonseca, técnico da equipe de ciclismo Selva Aventura, acredita que a postura da Universidade deveria ser outra, “Aqui é o único lugar mais ou menos seguro que a gente tem para treinar. Ao invés de só restringir, a USP poderia tomar atitudes que nos beneficiassem, como fechar o trânsito na avenida da raia olímpica aos sábados”.

A prática de ciclismo esportivo é permitida na Universidade apenas às terças e quintas-feiras, entre 5h e 6h30 da manhã e aos sábados das 7h às 14h.