Criticados, módulos podem receber reforma

Principais quadras do Cepeusp sofrem com más condições da cobertura. Custos da obra chegariam a 1,5 milhão de reais

A reforma dos tetos dos módulos do Centro de Práticas Esportivas, uma das principais reivindicações dos usuários desse espaço, pode ser aprovada em breve.

Segundo o diretor do Cepe, Carlos Bezerra de Albuquerque, há cerca de dois meses a Coesf (Coordenadoria do Espaço Físico) visitou o local e está desenvolvendo um projeto de reforma dos tetos. “Estamos esperando a resposta deles. Acho que finalmente vai acontecer, estou otimista”, afirma Bezerra.

O teto dos módulos (instalações onde se pratica vôlei, handebol e basquete) é alvo de muitas críticas porque, quando chove, as goteiras molham as quadras e, muitas vezes, impedem treinamentos e jogos. “Mesmo quando para de chover, as goteiras continuam. É como se estivesse chovendo direto na quadra”, conta o treinador de vôlei dos times da FEA, EEFE, Biologia e Odontologia, Cauê Ranzeiro.

Entretanto, o problema não se restringe à área de jogo. “O banheiro entre os módulos 1 e 2, quando chove, é uma verdadeira cachoeira”, segundo Cassius Oliveira, que comanda o time masculino de basquete da Biologia.

De acordo com Bezerra, o teto dos módulos tem problemas desde sua construção. “Diz a lenda, não tenho como provar, que o projeto foi copiado de um modelo alemão para as Olimpíadas de Munique, que era apropriado para neve. Desde quando neva em São Paulo? Houve falhas de planejamento desde o início”, diz o diretor do Cepe.

“O módulo 4 tem uma goteira próxima à rede, então não tem como saltar. O módulo 3 já foi reformado, mas o piso afunda porque a água o estraga. Já vi pessoas escorregando e torcendo o pé”, conta Júlio César Fetter, treinador do time de vôlei da FAU e FFLCH,  que afirmou um dia ter permitido que seu time jogasse na quadra molhada uma vez somente porque os adversários vieram de muito longe. “Às vezes nós limpamos a quadra e treinamos, mas corremos o risco de alguém se machucar”, diz Cassius Oliveira.

O diretor do Cepe reconhece a importância da reforma do teto, mas diz que somente a manutenção dos pisos é feita porque é o que a verba permite. “Os telhados são mantidos dentro das nossas possibilidades”. Segundo Bezerra, o projeto que a Coesf está desenvolvendo deve custar cerca de 1,5 milhão de reais.

Em 2009, foram reformadas as quadras externas do Cepeusp, o quinto campo de futebol e o calçamento foi refeito. Para o ano que vem, estão previstos até o momento a construção de um novo vestiário no conjunto aquático e o reparo da pista de atletismo, que foi anunciado em abril deste ano.

Porém, não se sabe se a direção do Cepe será a mesma em 2010. A gestão de Bezerra termina no final deste ano, junto com a da atual Reitoria. Mas ele acredita que a falta de verba para as obras deve continuar. “É muito difícil administrar um espaço tão grande dentro da USP. Acredito que a Reitoria queira reformar os módulos e o resto, mas há outras prioridades na Universidade”.