Cocesp reconhece importância de restringir o acesso ao campus

Os constantes engarrafamentos na Marginal Pinheiros têm provocado o aumento do fluxo de veículos na Cidade Universitária. Muitos motoristas utilizam as vias da Universidade, como a Av. Prof. Mello Moraes, paralela à Raia Olímpica, e criam um caminho alternativo que compromete o fluxo interno e prejudicam as atividades diárias do campus.

A Coordenadoria do Campus (Cocesp) estuda formas de restringir o tráfego de veículos que utilizam o espaço como rota de fuga. Segundo o professor Antonio Marcos Massola, responsável pela Cocesp, “a intenção não é proibir a circulação de veículos, apenas adotaremos mecanismos de controle”.

Dados oficiais apontam que de um total de 100 mil veículos que frequentam o campus, 60% não estão vinculados às atividades acadêmicas ou de extensão, mas usam as vias como um atalho.

Um fator agravante é o acúmulo de funções da Guarda Universitária, que acaba responsável pela orientação dos motoristas, bloqueio de vias e desvio do tráfego. A recomendação é que, caso alguma infração ocorra, a Polícia Militar seja avisada e realize os procedimentos necessários; contudo, segundo a própria coordenadoria, é difícil para os funcionários executarem essa função.

Por meio de seu portal, a Cocesp recebe as solicitações da comunidade a respeito do trânsito e elas são discutidas no Fórum Permanente Sobre o Espaço Público.  O mais recente data de 2008 e apresenta em relatório sugestões de integração dos sistemas de semáforos do campus ao da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da melhora dos escoamentos de saída dos portões e o controle do acesso, além da distribuição de material impresso que estabeleça regras para o tráfego interno.

A Coordenadoria não divulgou um modelo definitivo para a resolução destes problemas, mas reafirmou que está trabalhando para articular medidas que facilitem o cotidiano dos frequentadores da Universidade.

Tráfego dentro do campus é intenso no final da tarde (foto: Eduardo Graziani)
Tráfego dentro do campus é intenso no final da tarde (foto: Eduardo Graziani)