Os alunos que ocuparam o térreo do bloco G da Coseas vêem como uma vitória a saída de Rosa Godoy do cargo de coordenadora da Coseas. “Ela saiu porque denunciamos diversos problemas de sua gestão, que durou mais de 10 anos”, comenta Maria*, representante da Comissão de Comunicação da Ocupação.
Apesar da troca do cargo, Maria enfatiza que ela os outros ocupantes não apóiam a nomeação do professor Waldyr Antonio Jorge, pois acha que o novo coordenador não os contemplará: “Ele [o novo coordenador] foi imposto pelo reitor. É uma escolha feita de cima para baixo que se perpetua e com o qual não concordamos”. Segundo ela, deveria haver um diálogo entre os alunos e a Reitoria antes de ser feito a escolha.
Moradia
Os ocupantes abriram o espaço ocupado a alunos interessados em moradia no Conjunto Residencial da USP (Crusp). A abertura do espaço à moradia foi decidida em votação na Assembléia Geral dos Moradores do Crusp, no dia 6 de abril, segundo Daniel Righi, aluno de pós-graduação e morador.
Alguns quartos estão sendo usados de dormitório: “Nós retomamos o espaço dos moradores e estamos abrindo vagas àqueles alunos que necessitam de vagas no Crusp. (…) Agora estamos nos organizando como em uma república, todos que estão morando aqui devem respeitar a coletividade”, comenta Camila*, aluna de graduação da ECA, que apóia a ocupação.
Daniel também apóia movimento e afirma que, apesar das divergências entre moradores de pósgraduação, eles não tomaram a iniciativa de fazer um movimento contrário aos ocupantes.
O morador conta que os alunos de pós-graduação do Crusp se reuniram no dia 29 de março e decidiram levar a discussão de apoio ou não à ocupação para a Assembleia Geral do dia 6 de abril, em que participaram também moradores de graduação. Nela, foi votado que ocupação continuaria.
*Nomes fictícios