Leitor, quem?

Quem é você que lê o JC? O que espera deste jornal? Essa dúvida me incomoda desde que assumi este espaço, em março.

Toda quinzena saem cerca de 10 mil exemplares, que os alunos deixam nas unidades da USP ou em áreas de convivência, para que os leitores peguem. Mas eles pegam? Lêem? Gostam? Acham útil?

Ninguém sabe ao certo.

Nesse período, recebi só quatro mensagens. No jornal, não há seção de cartas. Disseram-me que, por falta de espaço para publicá-las, as manifestações estavam no site, na seção “Colunas”. Deparei-me com uma única carta neste semestre e estranhei ainda mais: o autor critica duramente o jornal, pede retratação, mas não há resposta da Redação.

Nas minhas colunas anteriores, sugeri ações que, acredito, fortaleceriam o Jornal do Campus:

  • Mais reportagem e menos declarações. Dar menos destaques a versões e entrevistas, ir mais aos locais, checar, testar, verificar.
  • Mais serviço. Jornais locais são veículos por excelência de matérias úteis, que falem direto ao dia a dia da comunidade em que circulam.
  • Mais agilidade on-line. Se um veículo quinzenal JC quer cobrir assuntos quentes como a greve, precisa ser mais ativo na internet.

São baseadas não só na minha experiência de editora mas também nos meus desejos de leitora, que gostaria de ver ampliados. Por isso, minha sugestão de hoje é:

  • Mais contato com o leitor. Cabe ao veículo estimular este diálogo, e ele é ainda mais possível e rico hoje em dia, com a internet.

E você, o que acha? Cartas para ombudsman.jc[@]gmail.com!

Ana Estela de Sousa Pinto, 45, é formada em agronomia e jornalismo pela USP. Trabalha na Folha de S.Paulo, onde é responsável por seleção e treinamento.