Agenda uspiana lotada de… ( ) aulas (x) FESTAS

Fevereiro

(ilustração: Daniel Argento)O Med Pholia é um bloco carnavalesco do pré-carnaval de São Paulo, no qual se apresenta a Bateria Duracell, da Faculdade de Medicina, desde 2003. Os participantes reúnem-se na Atlética da faculdade para um esquenta. Em seguida, vão de metrô até a Luz, onde acontece o desfile. Segundo Rafael Severino, Diretor Social da Atlética e integrante da bateria, em torno de 300 pessoas participam do Med Pholia, sendo alguns estudantes de outras faculdades, como da Fofito e da Odonto. Para finalizar, há um esfria também na Atlética. A Bateria Duracell conta com cerca de 40 integrantes, que preparam o samba-enredo.

Março

(ilustração: Daniel Argento)A Festa dos Melhores do Ano, da Atlética do IME, aconteceu pela primeira vez neste ano. São premiados os melhores atletas de cada modalidade do ano anterior, segundo votos dos técnicos e dos esportistas. 500 pessoas, a maioria do IME, participaram da festa, que também foi a primeira fora do Instituto. De acordo com Thais Lopes, DM de Vôlei Feminino, para os ingressos terem preços acessíveis, a Atlética procurou patrocínio. Resultado: ingresso de R$ 5,00  e open bar. “É muito legal ver as pessoas do IME prestigiando uma festa nova da Atlética. Muita gente abraçou a ideia e fez com que fosse muito bom”, completa Thais.

>Abril

(ilustração: Daniel Argento)A Tequilada da FEA é conhecida por elementos da cultura mexicana, como comidas e bebidas típicas. Entre elas, estão o mojito e a tequila, que dá nome à festa. Há também a apresentação da bateria da faculdade: a Bateria S/A. Assim, a Tequilada atrai em torno de 1000 pessoas por ano. Ela ocorre atualmente no Espaço Vivência da FEA. Organizada pelo Centro Acadêmico da FEA (CAVC), existe há cerca de 10 anos. Segundo Bruno Vieira, Diretor de Eventos do CAVC, “pessoas de outras faculdades vão à festa por ter uma boa repercussão”. Nesse ano, foram comprados 850 ingressos no primeiro dia de venda, afirma Bruno.

Maio

(ilustração: Daniel Argento)O Corso, tradicional guerra de frutas entre as Escolas Politécnica e Paulista de Medicina, marca o início do Pauli-Poli, competição realizada há mais de 60 anos. Iniciado nos anos 70, o Corso foi interrompido em 1992, quando o evento sujou o campus da USP e gerou um processo judicial por danos ao patrimônio. Voltou em 2001, com apenas 40 pessoas. Já em 2010, quem passou em frente ao estádio do Pacaembu, pôde apreciar o espetáculo de centenas de estudantes munidos de frutas podres coletadas no Ceagesp, além de todo tipo de “armadura”: capacetes de panela, escudos de tampa de lixo e trincheiras de colchão.

Junho

(ilustração: Daniel Argento)A G4 é uma das mais novas festas uspianas: foi criada em 2009, como parte de um projeto de união entre o Grêmio Politécnico e os centros acadêmicos da FEA, da Faculdade de Direito e da Faculdade de Medicina. O projeto prevê a integração entre os alunos das quatro faculdades, que, juntas, têm mais de 10 mil alunos. Logo na primeira edição, a festa reuniu na badalada casa noturna Pachá cerca de 7000 pessoas, tanto das quatro faculdades quanto de outras unidades da USP e mesmo de outras universidades. Segundo os organizadores, em 2010, foram mais de 8000 pessoas no sambódromo do Anhembi.

Agosto

(ilustração: Daniel Argento)A autointitulada maior festa à fantasia universitária do país, a Fantasias no Bosque, ocorre todo ano no Clube da Atlética da Medicina. No campo de futebol  foram montadas duas tendas: uma de música eletrônica e outra de sertanejo, funk e axé. O famoso bosque que dá nome à festa é lugar já tradicional para os casais em busca de momentos a sós. Um dos organizadores, José Tomé Neto, conta que a última edição reuniu mais de 6 mil pessoas, mas nem sempre foi assim: “a primeira foi há uns 15 anos, mas ela só cresceu a partir de 2003.  Isso se deve à divulgação: além dos cartazes, distribuimos flyers nas faculdades”.

Setembro

(ilustração: Daniel Argento)Vermelho é a cor da Bacanal, cujo nome é inspirado na entidade organizadora, o Centro Acadêmico A Nós A Liberdade de Lazer e Turismo (Canal). Com o tema “Liberte seus prazeres”, a festa contou com a participação de poledancers e strippers. O ingresso acompanhava uma caneca para as bebidas do open bar, com direito a absinto. Segundo a organização, ela ocorre no mês de fundação do CA, sempre com um tema diferente. Nesse ano, 1200 pessoas compareceram ao local. O evento foi o encerramento da 1ª Maratona das Repúblicas da EACH 2010, que reuniu sete festas em repúblicas famosas da faculdade.

Outubro

(ilustração: Daniel Argento)A passeata “político-etílico-carnavalesca”, famosa Peruada, é uma das maiores tradições dos alunos de Direito do Largo de São Francisco, que ocorre antes das eleições do Centro Acadêmico XI de Agosto. Com um mote diferente por ano, a Peruada circulou pelo centro de São Paulo em 2010, ano eleitoral, com o lema “Pro meu peru ser deputado, tem que ser palhaço ou condenado” e reuniu cerca de 3000 pessoas. Segundo Guilherme Siqueira, membro do CA, a festa tem origem incerta. Uma das histórias diz que um grupo de alunos roubou alguns perus premiados em uma exposição, que pertenciam a um professor da faculdade. Realizaram um jantar com os animais e convidaram o dono, que aproveitou o banquete sem saber do ocorrido. Outra versão conta que, na libertação dos calouros, eles desfilavam com o paletó ao avesso, deixando à mostra o tecido brilhante, parecendo perus. Valdir Godoi, calouro, ressalta o humor do evento: “Os alunos incorporam tanto o espírito da festa, quanto a própria fantasia”.

Novembro

(ilustração: Daniel Argento)A Festeca é, sem dúvida, a festa mais tradicional da Escola de Comunicações e Artes. Como uma não é suficiente, ao longo do ano são realizadas três: uma de boas-vindas aos calouros, outra durante os Juca (Jogos Universitários de Comunicações e Artes) e uma pós-Bife, em novembro, já com um caráter de despedida. Na Festeca dos calouros de 2010, a festa foi um dos assuntos mais comentados do Twitter e repercutiu mais que o esperado. Paula Rocha, responsável pelos eventos da Ecatlética, estima o comparecimento aproximado de 8 mil pessoas ao espaço de convivência externa da Faculdade, a chamada Prainha.

(ilustrações: Daniel Argento)