Reformas prometem sanar carências do Cepe

Pacote de programas pretende modernizar o complexo esportivo, solucionando problemas de infra-estrutura e falta de material
Velódromo do Cepeusp  em estado de conservação precária (foto: Marcelo Pellegrini)
Velódromo do Cepeusp em estado de conservação precária (foto: Marcelo Pellegrini)

Dois planos de re­formas para o Centro de Práti­cas Esportivas (Cepe) da USP pretendem revitali­zar e sanar as carências de infra-estrutura e de equi­pamentos do complexo esportivo: o Programa USP Olimpíadas 2016 e o plano diretor traçado para o Cepe.

Embora o Programa USP Olimpíadas 2016 ainda esteja em fase de levantamento de neces­sidades, já há estimativas dos custos e dos princi­pais pontos abrangidos pelo Programa.

Inicialmente, estão previstas as propostas de aquecimento da pis­cina, a troca dos pisos dos módulos esportivos e o balizamento da raia, além da construção de um alojamento próximo a ela – que substituirá o atual, situado embaixo do velódromo. Estima­-se que as obras custarão cerca de R$2 mil/m².

Assim como o Pro­grama USP Olimpíadas, pouca coisa foi definida para o Plano Diretor. No entanto, segundo Carlos Bezerra de Albuquerque, diretor do Cepe e um dos coordenadores do pro­grama olímpico, “a idéia é trabalhar os dois projetos de forma cooperativa, ou seja, um programa traba­lhando em concordância e em harmonia com o outro”.

Entre as áreas inicial­mente atendidas pelo Plano Diretor estão as reformas das quadras externas e a reforma da pista de atletismo. No entanto, temas maiores poderão fazer parte do Plano, como a reforma ou a demolição do Estádio e do Velódromo.

Reivindicações

Apesar do Programa USP Olimpíadas ter o apoio e a presença de um membro da Liga Atlética Acadêmica da USP (LAAUSP), o Programa ainda gera muita polêmica entre as Atléticas da universidade.

“Nossa grande reclamação é em relação à falta de incentivo da reitoria ao esporte universitário. Por que investir tanto re­curso financeiro em um projeto que pretende ser utilizado por atletas pro­fissionais de outros clu­bes? Por que não ter in­vestido essa verba antes, quando iria beneficiar somente a Comunidade USP?”, questiona Lígia Kulaif Perroni, presiden­te da Associação Atlética Acadêmica Oswald de Andrade, da FFLCH-USP, a respeito do programa olímpico.

Lígia também reclama da ausência de horário estendido – até as 0 ho­ras – do Cepe da Capital. “Nossos times chegam a ter apenas uma hora de treino por semana por falta de espaço, e nos­so Reitor ainda cria um projeto para trazer mais pessoas”, argumenta. Atualmente, o processo de contratação de profissionais para viabilizar o horário estendido já está em curso e a diretoria do Cepe afirma que essa reinvidicação será aten­dida até julho deste ano.

USP Olimpíadas 2016

Em resposta, o Coordena­dor Executivo do progra­ma olímpico, Valdir José Barbanti, da Escola de Educação Física e Esporte da USP de Ribeirão Preto (EEFE-RP), alega que o programa visa “melhorar as condições da prática esportiva e estimular o esporte universitário”.

Além disso, Barban­ti afirma que “as bol­sas mensais no valor de R$750,00 serão destina­das apenas a alunos da USP que tiverem alto desempenho esportivo e possuírem um bom histórico de graduação”. Além das bolsas de es­tudo, os alunos também irão dispor de testes de desempenho monitora­dos e avaliações físicas e odontológicas, realizadas por profissionais e estu­dantes da USP.