Raia olímpica tem canoagem havaiana

O esporte é novo no Brasil, mas sua tradição é muito antiga. As primeiras embarcações remontam de três mil anos atrás, e a nova modalidade pode ser praticada dentro da USP, na raia olímpica. Trata-se da canoa havaiana, um estilo praticado em barcos maiores, inspirados nos modelos polinésios, com espaço para seis remadores.

A USP recebe aulas da modalidade há cerca de seis anos. O professor Alessandro Matero, o popular Amendoim, é o responsável contratado pelo Clube Bandeirantes, que aluga o espaço. O curso custa 600 reais.

Amendoim conta que as aulas têm em média 30 alunos, sendo 40% mulheres. A idade dos participantes costuma variar de 20 a 50 anos. O esporte não apresenta nenhuma restrição física e, portanto, pode ser praticado por todos.

Canoagem havaiana é vista como um ótimo exercício para os membros superiores e para o abdômen e é muito procurada por ser um esporte que aproxima os atletas da natureza.

“Pensei em um horário em que a raia era pouco usada, e também escolhi a hora mais quente do dia. Isso faz a diferença, principalmente no inverno. As pessoas procuram o esporte para manter o contato com a natureza mesmo em uma cidade como São Paulo”, afirma Amendoim.

O esporte está em alta no Brasil. Em 2011, o país terá o primeiro circuito nacional com premiação em dinheiro e bem munido de regras. “Estão se formando associações e as provas estão aparecendo. Temos hoje no estado de São Paulo uns 300 praticantes, e esse número não para de crescer”, comenta Amendoim. A canoagem havaiana também é muito praticada no litoral, como em Santos e em Florianópolis.

O curso não é tão divulgado porque empresas particulares, como, por exemplo, o Clube Bandeirantes, não podem fazer publicidade no campus.

Contato com a natureza atrai os praticantes (foto: Thaís Helena Amaral)
Contato com a natureza atrai os praticantes (foto: Thaís Helena Amaral)