O curso de Relações Internacionais da USP completa este ano uma década de existência com problemas de estrutura. As disciplinas obrigatórias existem apenas até o segundo ano. Depois disso, os alunos devem cursar optativas, onde as vagas não são garantidas.
“Teoricamente o curso é de quatro anos, mas os alunos se formam em 5 ou 6”, disse Fernanda Perrin, aluna do segundo ano de RI e membro do Centro Acadêmico Guimarães Rosa. A coordenadora do curso, Professora Janina Onuki, explica que nos dois últimos anos de curso o aluno é livre para escolher entre o que mais lhe interessa em termos de formação, o que para ela é bom.
“A maior dificuldade pode ser na matrícula, de fato”, confessa a professora. Não há garantias no oferecimento de vagas, já que grande parte das optativas é oferecida por outras unidades da USP que têm como prioridade seus próprios alunos. Apenas cinco vagas são garantidas em cada disciplina. Fernanda Perrin explica que muitas vezes o aluno não consegue completar os 12 créditos de aulas necessários, o mínimo exigido pela Universidade.
Falta espaço
Apesar dos 10 anos completados, o Instituto de Relações Internacionais (IRI) só foi criado em 2004. Anteriormente o curso era mantido por meio de cooperação entre a FEA, FFLCH e a Faculdade de Direito. O IRI só existirá como espaço físico a partir do segundo semestre de 2011, quando será entregue a primeira parte do projeto.
Nessa primeira etapa, apenas a secretaria e a sala dos alunos, que inclui o Centro Acadêmico, a Atlética, a Empresa Júnior e o Clube de Simulações, ficarão em funcionamento. “Como as obras continuam, o barulho impedirá que ocorram as aulas”, informou o aluno do segundo ano Tércio Rodrigues.
Com o prédio, os alunos protestam: faltam espaços de vivência estudantil. O tamanho das salas dos alunos também é questionado. “Atualmente a sala do CA, que fica na FEA, tem 20 metros quadrados; a nova sala terá apenas 16 metros quadrados”, disse Thales Carpi, aluno do terceiro ano.
