USP sobe oito posições em visibilidade na web

Universidade tem boa colocação na lista da Webometrics, mas a posição varia conforme o método de avaliação dos rankings

A Universidade de São Paulo é ao mesmo tempo a 43º, a 143º e a 232º melhor universidade do mundo. A variedade de rankings com suas diferentes metodologias é o que provoca o sobe-desce no pódio.

Desde a última medição em janeiro, a USP subiu oito posições no Webometrics Ranking Web of World Universities e agora aparece na 43º posição, sendo a melhor colocada em toda a América Latina. O ranking é elaborado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), ligado ao Ministério da Educação espanhol, e mede a visibilidade da instituição na internet.

Para o Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Marco Antonio Zago, é próprio dos rankings o fato de serem centrados em somente um aspecto, de forma que o Webometrics Ranking não é inferior aos demais por ter seu foco somente na internet. “Não podemos ter esse tipo de distorção de classificar os rankings em bons ou ruins conforme o aspecto que medem. Esse ranking mede também pesquisa porque considera a imagem que a pesquisa cria dentro da internet. E a internet é hoje o principal meio de comunicação do mundo”.

“Há uma crítica em relação ao reducionismo, já que a maioria dos rankings fica circunscrito a uma área. Mas é positivo ter uma ferramenta de avaliação da internet. Há uma preocupação com a visibilidade do que é gerado na USP”, diz Carla Carvalho, 1ª secretária da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp).

“Ter visibilidade na internet é algo fundamental hoje. O resultado desse ranking é muito importante porque ele dá uma ideia de como a USP está sendo vista no mundo, já que as pessoas veem o mundo em grande parte através da internet. Isso significa que o mundo está a vendo a USP entre as 100 maiores”, diz Zago.

A USP nos rankings (infográfico: Ana Carolina Marques)

Para José Roberto Drugowich, assessor do Pró-Reitor, o bom posicionamento da USP é de fato um grande feito dado o tamanho e a abrangência da Universidade tanto nas diversas áreas do conhecimento como no número de docentes (5.865) e alunos (88.962).

O Web Impact Factor (WIF), medido pelo ranking, combina visibilidade e tamanho do website. No fator visibilidade (50%) entra o número total de links externos recebidos, de acordo com o Yahoo. Em tamanho, estão o número de páginas encontradas nos sites de busca Google, Yahoo e Bing (20%), o número de Rich Files, ou seja, arquivos acadêmicos nos formatos .pdf, .ps, .doc e .ppt encontrados por meio das ferramentas Google, Yahoo e Bing (15%) e, finalmente, o número de número de publicações incluídas no Google Scholar entre 2006 e 2010 e a produção global medida pelo Scimago Institutions Rankings (15%).

“Estamos muito entusiasmados. No geral, há uma tendência de subida e estamos sempre em primeiro lugar no país”, diz Zago.