BIFE terá tênis e atletismo como novas modalidades em 2011

Olhos atentos para as pistas e as quadras de saibro. Nelas estarão as duas grandes novidades da 12ª edição do Bife, tradicionais jogos universitários disputados entre 12 unidades uspianas – duas delas, o Instituto de Relações Internacionais (IRI) e a Faculdade de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Fofito), assim como em 2010, participam como convidadas. A partir de agora, o atletismo passa a ser uma modalidade oficial dentro da competição, e o tênis de campo feminino será disputado como esporte demonstrativo.

Em 2011, o torneio, cujo atual campeão é o Instituto de Matemática e Estatística (IME) acontece entre os dias 12 e 15 de novembro, na cidade de Casa Branca, localizada a 240 km de São Paulo. De acordo com Vinicius Menegolo, aluno de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e membro da Comissão Organizadora (CO) do Bife, a cidade escolhida esse ano apresenta uma estrutura melhor que Barra Bonita, sede do último campeonato. “Barra Bonita tinha apenas dois ginásios, o que fez com que alguns jogos começassem às 23 horas, por exemplo. Casa Branca, por sua vez, tem três quadras poliesportivas, além de pistas de atletismo e piscinas, o que evita ter que deslocar atletas e torcida para outra cidade”.

Segundo ele, a cidade está bem preparada para receber os jogos – em 2010, hospedou o Inter Nutri e o Inter Psico – especialmente no que diz respeito à estrutura médica e à segurança.

Estreias

Há um clima de ansiedade por parte das atléticas com relação às estreias das novas modalidades: o tênis de campo feminino, introduzido em 2011 como esporte demonstrativo, e o atletismo, que agora contará pontos para o placar geral do Bife. Alexandre Inoue, presidente da atlética do Instituto de Matemática e Estatística (IME), projeta uma competição forte nas pistas: “Acredito que somos favoritos, tendo a ECA como principais concorrentes”.

Já com as raquetes, entretanto, a sensação geral é de incógnita. Thaís Gaal, caloura de Editoração na ECA e futura diretora de modalidades (DM) do tênis da unidade, jogará o esporte em seu primeiro Bife: “Não conheço as meninas das outras equipes ainda – podemos encontrar adversárias muito boas, mas também atletas inexperientes se arriscando no tênis. Como a modalidade está começando agora, vamos ter que ir e jogar pra saber como vai ser”. Inoue completa: “Não temos muita tradição no tênis feminino, mas tentaremos reverter esse quadro. Nesse ano, nossa equipe ganhou medalha de ouro no tênis feminino no Bichusp, então podemos ter esperanças”.

Patrocínios e preços

Três são as fontes de sustento financeiro do Bife: patrocínios com empresas de marketing universitário; duas festas feitas durante o segundo semestre – o Engorda e o Abate; e o kit Bife. Neste ano, o kit tem preço de custo de R$70,00 no primeiro lote – no segundo, há um aumento de cinco reais.

Cada atlética tem a liberdade de oferecer pacotes diferenciados. “Nosso kit custa R$85,00 sem ônibus e R$135,00 com ônibus. Partindo do preço de custo do BIFE, que inclui alojamento, três festas e uma camiseta oficial, incluímos um valor para cobrir os gastos dos técnicos das equipes durante a competição”, conta Inoue.

Na ECA, o valor varia entre R$125,00 e R$145,00. “Temos vários gastos extras: alugamos uma escola particular para alocar os 250 alunos esperados. Além disso, gastamos com transporte das pessoas dentro da cidade, segurança e também oferecemos open bar de cerveja durante toda a competição”, explica Menegolo.

Expansão

Uma característica marcante no Bife é sua crescente expansão. Em sua primeira edição, em 1999, participaram cinco unidades – além das fundadoras Bio (Instituto de Biociências), IME, FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) e ECA, que nomeiam o evento, a Vet (Faculdade de Medicina Veterinária e Zoologia) competiu como convidada.

O presidente da atlética do IME diz que a competição tem planos de crescer mais, mas é preciso pensar na infraestrutura do evento. “Está bem difícil organizar as modalidades existentes em um período de quatro dias – além disso, algumas faculdades não têm times estruturados para disputar todas as modalidades. Quanto ao número de participantes, estamos estudando isso, mas o maior obstáculo é termos uma infraestrutura suficiente para que o evento possa comportar mais atléticas competindo”, explica.