Instituto de Matemática confirma estatísticas e vence BIFE

Com uma boa regularidade de pontos em quase todos os esportes, a ECA ficou com o vice, seguida pela FAU e pela FFLCH

O bom desempenho nos esportes individuais levou o IME ao título do XIII BIFE. Já a campanha da ECA foi marcada pela regularidade, contando com um bom desempenho na maioria dos esportes coletivos, e chegou ao segundo lugar. A FAU, com 177 pontos, completou o pódio, deixando para trás a FFLCH, que caiu do segundo lugar no ano passado para um modesto quarto lugar nesse ano, marcando 143 pontos. Mas o fato mais marcante no BIFE é a integração entre todas as faculdades. Técnicos e atletas, que já disputaram vários outros inters, apontam-no como competição esportiva com o clima mais legal.

Vitória nos Individuais
A cidade de Barra Bonita, localizada no interior de São Paulo, sediou a 13ª edição do evento. O BIFE é um torneio interno da USP que ganhou o nome por conta das faculdades fundadoras da competição, Biologia, IME, FAU e ECA, e tem a participação de mais sete Atléticas da USP (Física, Veterinária, Geologia, Biologia, Fofito, Química e Psicologia).
Como esse BIFE foi um dos mais equilibrados dos últimos tempos, a vitória geral do IME foi por apenas 11 pontos (196 a 185), o fator de desequilíbrio foi os esportes individuais. Os matemáticos conquistaram cinco ouros nos individuais, no judô e nos dois naipes do Tênis de mesa e do Atletismo, enquanto que tiveram apenas dois ouros nos coletivos, basquete masculino e feminino, além de não terem levado nenhuma prata.
Já a ECA marcou pontuação regular em praticamente todas as modalidades, chegando a seis finais coletivas, três a mais que o IME, levando dois ouros, no Futsal Masculino e Vôlei Feminino. Para Daniela Vilhena, multiatleta da ECA que joga Vôlei, Handball e Basquete femininos, “o segredo” deles está nas modalidades individuais.Eles têm uma equipe de atletismo muito estruturada e a ECA não. Porém, acredito que temos um grande potencial para tal feito. Contamos apenas com um ‘catadão’ de pessoas dispostas a ajudar e vamos bem. Então, acho que vale a pena pensar nisso como um diferencial para o próximo ano, porque nem sempre podemos contar com as modalidades coletivas.”

BIFE Integração
O fato mais marcante durante os dias de jogo, que foram do feriado do dia 15 até 19 de novembro, é sem dúvida a maior integração entre os atletas, quando comparado com outras competições universitárias. Para Ruy Ybarra, técnico do futebo de campo da FAU, realmente há um clima melhor nessa competição. “Acho que rola bastante integração no BIFE, e que na maioria das vezes é de forma saudável. Assim, dificilmente acontece alguma coisa ruim. Tanto nos jogos como fora deles”.
Dani Vilhena segue na mesma linha, e até usa outras competições para ratificar sua opinião: “O BIFE com certeza é o inter de maior integração da USP. Só para fazer uma comparação, o Interusp, por exemplo, (outro inter com outras faculdades da USP, como MED, POLI, FEA, etc.) rola muita rivalidade, muitas brigas, a galera ‘se mata’ em quadra e fora dela. Para a ECA, é no Juca que essa rivalidade aparece. Já no BIFE é diferente. Você joga contra a outra faculdade, seja qual for, e depois participa dacervejada no alojas do adversário. Integra, troca ideias. Muitas faculdades ficam no mesmo alojamento, também vejo isso como uma forma de integração.”

Ilustração: Sofia Soares