Alunos convivem com insetos e mau cheiro na vivência da EEFE

Foto: Nicolas Gunkel
Estrutura da vivência apresenta grandes rachaduras

Incomodados com a presença de insetos e com o mau cheiro constante, os alunos da EEFE (Escola de Educação Física e Esporte) protestam contra a localização de seu espaço de vivência. O local abriga a Atlética, o Centro Acadêmico e fica a poucos metros do córrego Pirajuçara, que recebe esgoto da região.

“Somos uma escola de Educação Física. Não podemos continuar nestas condições de insalubridade”, afirma o estudante do 4º ano Gabriel Dolce. Ele conta que os alunos se deparam freqüentemente com baratas, aranhas, ratos e piolhos de cobra. Além dos insetos, a estrutura das entidades estudantis apresenta uma série de rachaduras.

As reclamações dos estudantes vão além. Por estar dentro da faculdade, a vivência só pode realizar festas e eventos até às 22 horas, horário em que os portões da EEFE são fechados. “Como temos aulas o dia todo, não sobra tempo para fazer nossas festas”, ressalta Dolce.

Questionada sobre as reivindicações dos estudantes, a direção da EEFE declarou que não é responsável pela limpeza do córrego que banha parte os prédios da unidade. “Este é um velho problema que não compete a nós resolver, mas sim à Prefeitura de São Paulo”, afirma Carlos Eduardo Negrão, diretor da faculdade. “Quanto aos insetos, fazemos controles anualmente, mas podemos passar a fazer uma vez por semestre.”

Negrão considera improvável a possibilidade de transferir a vivência para outro local. “Nosso espaço físico é reduzido. Não temos como readequar todas as entidades que estão à margem do córrego”.Os horários, segundo o diretor, também não podem ser ampliados. “A faculdade fecha às 22 horas por motivos de segurança. É chato, mas já sofremos o suficiente com casos de furtos nos últimos anos.”

Quanto às rachaduras, Negrão afirmou que desconhecia o problema e que a diretoria vai solicitar uma avaliação técnica do local à SEF (Superintendência do Espaço Físico)

Cerveja

A insatisfação dos alunos da EEFE também aumentou com a proibição sem aviso prévio da entrada de bebidas na unidade. Segundo Negrão, trata-se de uma determinação da reitoria que deve ser cumprida. “Se outras unidades não seguem a regra, é uma outra questão. Nós seguimos.”