Matérias da unidade não foram cadastradas na primeira interação do sistema de matrícula Júpiter Web
Ainda não há definição se aulas do segundo semestre de 2014 da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) irão ocorrer. Isto porque a Comissão de Graduação (CG) da unidade decidiu não inscrever suas disciplinas no JúpiterWeb enquanto não houver uma resposta da reitoria em relação a sede das aulas. Nem o criticado “plano B”, que inclui o aluguel da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), está garantido para o próximo período letivo. Além disso, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a USP e o Ministério Público pode resultar em liberação do campus Leste.
A decisão de não abrir as matérias da EACH para matrícula veio de discussões na CG desde maio. Diante da incerteza, o professor Thomás Haddad, membro da CG, explica que “a lógica por trás desta decisão da comissão de graduação realmente foi a cautela”, e completa “se tivermos que adaptar alguma coisa com matrículas já feitas, a gente vai ficar de mãos atadas, como ocorreu no primeiro semestre”.
Como a ausência de matérias pode prejudicar alunos e sua situação em relação à USP, foi criada uma disciplina sem créditos — ACH4083 – Atividades Acadêmico – Científico – Culturais — para eles. A intenção é que, quem não está cursando nenhuma matéria optativa não corra o risco de perder o vínculo com a universidade.
Haddad explica que “a expectativa é que haja alguma notícia promissora nesse momento para que a gente consiga já reabrir as matrículas na segunda interação e que isso se resolva rapidamente. É realmente impossível termos alguma certeza agora”. Além do primeiro período de matrículas, que termina dia 3 de julho, há o segundo e último, que ocorre de 10 a 15 de julho.
Liberação do Campus Leste
Mediado pelo Ministério Público, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é um documento com o qual uma instituição se compromete a tomar medidas para resolver seus problemas causados sem ir aos tribunais. Ele é uma forma mais rápida de resolução de questões como a da poluição do Campus Leste da USP pois não espera que o processo vá a juízo para que haja um desfecho, o que pode levar alguns anos.
Segundo o Jornal Metro, a expectativa era que, até 2 de julho, um TAC fosse apresentado com o intuito de que os alunos voltem ao campus Leste já a partir de agosto. Após esta etapa, a liberação do campus depende de estudos e decisão judicial. A assessoria do Ministério Público Estadual, porém, afirmou neste dia que o órgão ainda está negociando com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
Na opinião do estudante Arthur Andrade de Oliveira, “o reitor e a Reitoria querem fazer com que a gente volte para o campus de qualquer jeito, sem necessariamente solucionar os problemas de contaminação”.
