USP quer evitar novas crises hídricas

Projeto da Prefeitura do Campus pretende melhorar a gestão de água na Cidade Universitária (Foto: Dimitrius Pulvirenti)

A Divisão de Gestão Socioambiental está desenvolvendo o projeto Gestão Territorial das Águas como parte do Programa Campus Sustentável, que busca planejar e desenvolver projetos sustentáveis, articulando ensino, pesquisa, cultura e extensão e integrando a USP e a cidade.

Com o programa, a Prefeitura busca discutir a necessidade de adoção do planejamento e do manejo adequado e integrado da água, considerando sua disponibilidade e as prioridades em situações de escassez.

O estudo será desenvolvido entre 2015 e 2018 tendo a Cidade Universitária Armando de Sales Oliveira (CUASO) como foco. Fazem parte do projeto o Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Escola Politécnica, a Escola de Enfermagem e o Instituto de Geociências.

O Programa Campus Sustentável, que também desenvolve campanhas contra a dengue e a quantidade de lixo jogado nas ruas da CUASO, busca a aproximação da área acadêmica com a gestão do campus desenvolvendo projetos que reúnam pesquisadores de várias áreas.
Apesar de no mês de novembro ter aumentado a frequência e intensidade das chuvas na região metropolitana de São Paulo, a quantidade de água praticamente não faz diferença para o restabelecimento dos reservatórios de abastecimento de água.

Como o solo está seco devido à captação de volume morto, a água da chuva é perdida por evaporação ou vai para o fundo da represa, não sendo suficiente para encharcar o solo e encher os reservatórios. Ainda serão necessários vários meses de chuva abundante para que alcancemos uma situação de normalidade.

Pensar em maneiras de evitar que crises como esta voltem a acontecer é também responsabilidade da universidade pública. A Prefeitura do Campus da Capital informou que algumas medidas estão sendo tomadas para diminuir o consumo de água na Cidade Universitária. A higienização de pontos de ônibus e lixeiras de alvenaria, o apoio na rega de gramados, jardins e na produção de mudas e vasos em seu viveiro, assim como lavagem de vias, pátios e muros estarão temporariamente interrompidos até que os reservatórios voltem ao regime normal.

A lavagem de veículos também está suspensa, salvo em situações extremas, e a Sabesp é acionada de imediato caso seja identificado algum vazamento. Segundo a entidade, os serviços acima citados consomem 16 mil litros/dia de água de reúso da Raia Olímpica, que já sofreu diminuição de seu volume.

Além disso, a Prefeitura do Campus também está iniciando estudos para avaliação e reativação de poços artesianos e captação de água de chuva na CUASO, como alternativa para atender as necessidades do Campus.

por HELENA RODRIGUES