Pró-Reitoria abre inscrições para bolsas de IC

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A Pró-Reitoria de Pesquisa abriu, no fim do mês passado, as inscrições para a seleção de bolsas de iniciação científica por meio de programas institucionais. As inscrições devem ser feitas pelo orientador por meio do Sistema Atena, da USP, e no departamento de cada curso, até as 12h do dia 24 de maio.

Os programas institucionais cujas inscrições para a seleção de bolsas foram abertas são o PIBIC, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, e o PIBITI, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica e Inovação. Segundo a definição burocrática, o primeiro é voltado para o envolvimento do aluno no método científico dos projetos de pesquisa enquanto o segundo busca formar profissionais que fortaleçam a capacidade inovadora das empresas no país. Ambos são administrados pela Pró-Reitoria de Pesquisa.

De acordo com a professora Roseli Lopes, Coordenadora dos Programas Institucionais PIBIC e PIBITI, “podem participar estudantes de graduação, regularmente matriculados, indicados por docente ou pós-doutorando da USP”. As inscrições são feitas pelo orientador; no caso do PIBITI, entretanto, o processo também pode ser feito por um grupo de estudantes de graduação da USP proponentes de um “projeto inovador”, como detalha Roseli, que é avaliado por uma comissão de pesquisa.

Por conta da alta demanda, a seleção das bolsas concedidas pela USP é feita pelas unidades de acordo com as orientações dos editais. “[As unidades] classificam os docentes e projetos em diferentes categorias, e avaliam os estudantes levando em conta seu desempenho acadêmico”, explica Roseli. O aluno ainda pode realizar o projeto de pesquisa mesmo sem ser contemplado com a bolsa.

Barbara Dalmaso, estudante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade e bolsista do programa PIBIC, foi indicada ao Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica por conta de sua pesquisa a respeito de moléculas que atuam no crescimento de tumores. Segundo a hipótese dela, desenvolvida em conjunto com seus orientadores, a molécula protege as células tumorais contra a quimioterapia. “Portanto, nossa conclusão vislumbra a possibilidade da utilização de bloqueadores desta molécula como forma de auxiliar a terapia convencional”.

Barbara também chama a atenção para a importância de fazer uma IC. “Eu obtive muito conhecimento. O repertório cultural e científico que obtive foram essenciais para meu aprendizado e formação”. Para Heloísa Iaconis, estudante de comunicação e bolsista durante 2015 e 2016, o auxílio financeiro oferecido pela USP é fundamental. “A IC é o primeiro passo para uma carreira acadêmica. Só que, sejamos honestos, não dá para alguém se dedicar à pesquisa sem remuneração”.

O aluno pode estar em qualquer semestre para começar uma iniciação científica. Uma vez bolsista, de acordo com a professora Roseli, ele deve “realizar as atividades previstas no plano de pesquisa, entregar relatórios parcial e final, cumprir no mínimo 480 horas ao longo de 12 meses e apresentar seu trabalho pelo menos no Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP”. Ao final do projeto, o estudante receberá um certificado emitido pela Pró-Reitoria de Pesquisa. Este certificado pode equivaler a atribuições de créditos e trabalhos de conclusão de cursos de acordo com as especifidades de cada unidade, mas não é a regra. Para outras informações, acesse o site da PRP: http://www.prp.usp.br/programas/ic.