Seleção de atletismo busca o bi e futebol aposta em Dudu para ganhar o torneio internacional
Acontecerá entre 15 e 19 de outubro, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a 21ª edicao da Copa Unisinos. Os jogos, promovidos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, contam com a participação de instituições de ensino superior do Mercosul, incluindo a USP e a Unicamp. Nesta edição do evento, a USP já tem seus favoritos na disputa: o atletismo e o futebol masculino – ouro e prata no ano passado, respectivamente – são os queridinhos deste ano.
O técnico da equipe de atletismo, Raoni Perrucci, afirma que a seleção de 2007 foi a melhor que a USP já teve no esporte, mas revela que a competitividade daquele ano foi muito baixa. Ele diz que a competição do ano passado não foi interessante porque faltaram, na disputa, esportistas dispostos. Também há poucas ligas de atletas na Região Sul, que concentra grande parte das instituições participantes da Copa. “Poucas universidades no país têm a vontade que a gente tem aqui de treinar”, completa. Outro problema apontado é a falta de atletas, sobretudo mulheres.
O futebol masculino, ao contrário, não sofre com falta de competidores. “Tive até que tirar gente”, diz Rafael Batista, técnico da seleção. Segundo ele, a Copa é importante porque tem tradição, a competição é organizada e o nível das equipes é “muito bom”. “Quando eu era jogador, considerava a copa mais importante do circuito universitário”, conta. Batista elogia sua equipe, que é quase a mesma do ano passado. “Tem muito cara bom que procura vir melhor”, afirma.
Um deles é Eduardo Cruz, o Dudu, destaque da seleção. O meia vai participar de sua quarta Unisinos e tem boas expectativas. “A gente espera vencer. Vamos com mais gente e já conseguimos o segundo e o terceiro lugar. Agora é a última chance”, diz, referindo-se ao fato de esta talvez ser sua última Copa, pois espera se formar este ano. Para o jogador, as equipes que competem nos jogos são de ótimo nível. Dudu afirma que a importância da competição aumentou desde 2007 por causa da chance do ouro neste ano.
No atletismo, por sua vez, apesar de o técnico Raoni esperar que a seleção ganhe novamente o ouro, tanto na modalidade feminina como na masculina, ele afirma que, se a competitividade foi baixa ano passado, esse ano vai ser pior ainda – e que fica “muito fácil” vencer. Ele lamenta o fato de os atletas estarem mais desanimados para participar da Copa, principalmente devido à falta de adversários de 2007. “Este ano as pessoas pensam duas vezes antes de ir”, lamenta. Mas Raoni também elogia sua seleção. “Temos a melhor seleção universitária de atletismo do país”, diz. “Não de atletas universitários, mas universitários atletas”, afirma, alfinetando instituições que, segundo ele, dão bolsas a esportistas de ponta que competem e depois nem terminam o curso.