Hovet responde a denúncia do JC

O Jornal do Campus publica resposta enviada pelo Hospital Veterinário sobre a reportagem Veterinária sacrifica cachorros abandonados

Em resposta à denúncia publicada no Jornal do Campus, página 5, edição nº 376, segunda quinzena de março de 2011 informo à comunidade USP que:

Não houve registro no dia 23 de fevereiro de abandono de cão no HOVET e, portanto, desconhecemos a origem, encaminhamento ou condução do caso citado na matéria publicada, pois o mesmo não deu entrada ao atendimento ou permaneceu na área externa sem acompanhante, o que caracterizaria o abandono.

A informação imputada a funcionário sobre a conduta no caso de abandono não procede, pois nenhum servidor está orientado ou autorizado a dar ou informar destinode animais abandonados, mesmo porque não há procedimento padrão, uma vez quenão é de responsabilidade do Hospital Veterinário o abrigo ou destino de animais,apesar de ocorrerem casos eventuais.

Abandono de animais em espaços ou vias públicas do município de São Paulo é questão de saúde pública e responsabilidade da Prefeitura de São Paulo.

Após a denúncia, que foi encaminhada pelas Senhoras Angela Cristina Fernandes e Alicir Aparecida Marconato à Ouvidoria da USP, Jornal do Campus, Agencia de Notícias de Direitos Animais – ANDA, além do boletim de ocorrência em delegacia, quetivemos conhecimento pela mídia e não oficialmente, realizamos averiguação dos fatos.

O funcionário Ademir, citado na denúncia, relatou que ficou surpreso com a fala que lhe foi atribuída, mesmo porque sua função na ocasião era administrativa, na recepção do HOVET, e a ele não cabe qualquer condução no caso de abandono, que compete à Diretoria.

Causa surpresa que tenha ocorrido tão ampla divulgação na mídia, em órgãos desta Universidade, e até nos gabinetes parlamentares sem que, em momento algum, a administração ou a Diretoria do HOVET, instaladas no piso superior ao local da suposta ocorrência dos fatos, tenha sido procurada. Frente a essa observação, gera dúvida o real motivo que levaram essas pessoas a difamar a Instituição, caluniar funcionários e denegrir a imagem do Hospital Veterinário da FMVZ/USP e seus funcionários que ao longo de 30 anos atuam de forma exemplar, zelando pela saúde e bem estar animal de forma incondicional e com extrema dedicação. Certamente deva haver um bom motivo, imaginando que não se trata de insanidade, para que um grupo de pessoas se organize e chegue ao extremo de declarar textualmente que os profissionais que atendem no Hospital Veterinário da FMVZ/USP são criminosos.

Na FMVZ há exemplos frequentes de esforços individuais de alunos, funcionários e docentes envolvidos no atendimento, cuidados e destino a animais abandonados, apesar de não haver um programa oficial para tal na unidade.

Por outro lado, A FMVZ é parceira da COCESP no Programa de Saúde Animal, essesim oficial e institucional, e está comprometida, como sempre esteve informalmente, a realizar o atendimento clínico-cirúrgico, através do HOVET, aos animais abandonados e abrigados na COCESP.

Toda documentação referente à denúncia foi encaminhada à Diretoria da FMVZ para encaminhamento pertinente visando à elucidação dos fatos e apuração da responsabilidade dos envolvidos, denunciados e denunciantes.

Luis Claudio Lopes Correia da Silva, Diretor do Hospital Veterinário


Nota da Redação

O Jornal do Campus reforça que apenas relatou a denúncia exposta pela fonte Alicir Aparecida Marconato e registrada no Boletim de Ocorrência 736/2011, emitido no 93º Departamento de Polícia.

A reportagem do JC entrou em contato com o HoVet e foi informada pela Assessoria de Imprensa que o Diretor, Prof. Dr. Luis Cláudio Lopes Correia da Silva estava em viagem e que a vice-diretoria havia falecido. Por isso, o HoVet não poderia se manifestar sobre o assunto.

No dia 22 de março a Assessoria de Imprensa do HoVet assim se manifestou: “se as denúncias ainda não foram publicadas não tenho sobre o que me manifestar. Não sei se a fonte é a mesma, mas recebi uma denúncia através da ouvidoria, igualmente publicada em um site da ANDA, que foi devidamente respondida e solicitei apuração da origem, pois trata o corpo clínico do Hospital Veterinário de criminosos, o que certamente se trata de calúnia e difamação, crime grave, passível de detenção. Assim que tiver conhecimento das denúncias farei não apenas minha manifestação por escrito, mas tomarei as providências que cabem às acusações”.

Esses fatos explicitam que o JC observou as normas do bom jornalismo tentando ouvir todos os lados da denúncia.