Móveis precisam de espaço

O patrimônio de algumas faculdades pode estar em risco. Cadeiras, mesas e carteiras escolares trocadas ou inutilizadas estão amontoados, à espera de um destino. Na ausência de um depósito para tais objetos e por causa de questões burocráticas nos departamentos de patrimônio, eles são deixados em corredores internos e áreas inapropriadas. Em alguns casos, os materiais ficam expostos à ação de chuvas e insetos, que podem degradá-los.

Carteiras empilhadas no prédio do Biênio (foto: Carlos Vilas)
Carteiras empilhadas no prédio do Biênio (foto: Carlos Vilas)

Isso ocorre, por exemplo, no Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA. Professores, funcionários e alunos se queixam das cadeiras acumuladas nos corredores há mais de um mês, dificultando a fluidez das pessoas e a limpeza do prédio. Algumas carteiras já foram doadas para uma instituição, mas ainda há muitas. Após contato feito pelo JC com o departamento de patrimônio da ECA, Fernanda de Mattos, assistente técnica financeira, informou que dentro de uma semana as demais serão retiradas por outra entidade.

A ECA, assim como o resto da USP, procura por entidades sem fins lucrativos e regulamentadas, geralmente de assistência social, para destinar esses materiais. Frequentemente, esse contato entre a faculdade em questão e a instituição beneficiada é demorado. “Acho possível agilizarmos o processo entrando em contato com as entidades em vez de aguardar a ligação delas”, disse Fernanda, adicionando que qualquer pessoa pode indicar instituições documentadas interessadas em receber da USP esse tipo de material.

No prédio do Biênio da Poli há ainda mais carteiras a cadeiras que na ECA. São centenas, acumuladas no espaço interno do prédio. Segundo fontes internas, tais materiais estão dessa forma há cerca de dois meses. Contudo, a assistência técnico financeira da Poli assegura que, em breve, 400 delas serão enviadas para doação. Entretanto, para Francisca de Franco Ferreira, responsável pela área de patrimônio na Poli, “o maior problema da USP nesse sentido é que ela não tem espaços para guardar o material que frequentemente dá baixa”.