Poli criará equipe de futebol americano

A Escola Politécnica prepara-se para abrigar o primeiro time de futebol americano da USP, o Politécnica Rats. A iniciativa é de Pedro Siqueira de Magalhães, o Mineiro, aluno do 1º ano de engenharia de produção que pratica o esporte. A equipe tem apoio oficial da Atlética da Poli e já tem permissão para reservar campos no CEPEUSP. Os treinos começam no início do próximo ano letivo.

O time da Poli seguirá as regras da liga brasileira, com 11 jogadores em cada equipe. A modalidade adotada é o full pad, em que os atletas utilizam capacetes e protetores no tórax e nas pernas. Pedro espera disputar amistosos com times paulistas no ano que vem. “A intenção, a longo prazo, é entrar na liga paulista, pois não tem como ficar restrito à USP”, explica o jogador. O surgimento de outros times na universidade também é aguardado: “Quanto mais competição, melhor”.

Pedro praticava o esporte em sua cidade natal, Pouso Alegre (MG), e percebeu que o interesse pelo futebol americano está crescendo no ambiente universitário. Ao notar que alguns alunos gostariam de praticá-lo, sugeriu o esporte à Atlética. “É um esporte difícil, o material é muito caro, mas ainda assim aprovaram”, conta Pedro. O time aguarda a resposta de empresas para obter patrocínio, que será utilizado para aquisição do material. Estima-se que sejam necessários R$10 mil para o equipamento básico.

A popularidade do futebol americano no Brasil cresceu muito nos últimos cinco anos. “Acredito que a retomada das transmissões da NFL [liga americana] na TV aumentou a procura”, diz Pedro, que joga desde os 14 anos de idade. Ele destaca outro fator importante: “O futebol americano aceita todo tipo físico. Muitos comparam com o rugby, que exige mais massa muscular. Nosso esporte é bem diferente”.