Pesquisas eleitorais na USP

Foram realizadas pesquisas de intenção de voto nos campi da USP na capital para os dois turnos da eleição para prefeito de São Paulo. Embora uma pesquisa entre a comunidade uspiana não possa ser usada para prever o resultado do pleito, para Mauro Paulino, diretor do Instituto de Pesquisas Datafolha, é interessante que se analise o comportamento eleitoral na USP “pela própria importância que a Universidade tem no contexto da cidade”. O Datafolha foi responsável pela elaboração da pesquisa para o primeiro turno, realizada em parceria com o Jornal do Campus e publicada na edição 400 do JC.

“Ano passado a USP esteve muito em discussão”, diz Mauro Paulino, referindo-se à greve que reivindicava o fim do convênio da USP com a Polícia Militar e a deposição do reitor João Grandino Rodas. Destaca como foi interessante, por exemplo, que na pesquisa para o primeiro turno as três categorias da USP tinham um candidato definido: entre os professores, o candidato mais bem quotado era José Serra; entre os alunos, Fernando Haddad; e entre os funcionários, Celso Russomano.

A pesquisa para o segundo turno, realizada pelo Instituto Júnior de Pesquisas Sociais (IJPS), foi divulgado no dia 26/10 (sexta-feira) em sua página no Facebook e no site e redes sociais do Jornal do Campus. Os dados indicaram 47% das intenções votos (incluindo brancos, nulos e indecisos) em Haddad e confirmaram a liderança do petista na USP. Na pesquisa para o primeiro turno, o petista teve 25% votos. No voto por categorias, dessa vez, Haddad ganha entre alunos, professores e funcionários.

Infografia por Sofia Soares

Na pesquisa realizada pelo IJPS, Serra ficou com mais de 50% dos votos válidos em apenas seis unidades das 25 pesquisadas, sendo que quatro delas são da área de saúde. O tucano comandou o Ministério da Saúde entre 1998 e 2002 e foi responsável por políticas como a introdução dos genéricos no Brasil.

Já Haddad, que teve maioria das intenções votos em 19 unidades pesquisadas pelo IJPS, teve uma aceitação expressiva na Faculdade de Educação, onde obteve 95,7% dos votos válidos, mais de 8 pontos percentuais do que na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) – sua segunda maior aprovação. Haddad foi ministro da Educação durante o governo Lula e, em 2009, executou a reformulação do ENEM. Fez doutorado e lecionou na FFLCH, junto ao departamento de Ciências Políticas.