Problemas afetam Vivência da EEFE

A Vivência Estudantil da Escola de Educação Física e Esportes (EEFE) da Universidade de São Paulo é dividida por alunos, funcionários, ratos e baratas. Devido sua próxima localização com o córrego do Pirajussara, o fedor de esgoto e os animais indesejados tornaram-se comuns no espaço que, teoricamente, deveria ser utilizado como local de interação, estudos coletivos, alimentação, discussões políticas, e ainda, descanso. “Tem dia que as funcionárias da faxina se recusam a limpar porque tem muitos ratos”, explica Gabriel Dolce, membro da atual gestão do Centro Acadêmico Ruy Barbosa.

As entidades estudantis da EEFE e o Grêmio de Funcionários da Escola, entraram com uma carta para a Congregação mudar a vivência para o local de um antigo restaurante que, atualmente, está sendo utilizado como biblioteca, único local capaz de abrigar as entidades. “Além do problema sanitário, rachaduras estruturais que cruzam as paredes e o chão dos locais de vivência questionam do quão saudável e seguro é a manutenção de estudantes e funcionários nesses locais”, disse o Representante Discente durante a Assembléia. Com 20 votos contra e apenas um a favor (do próprio representante), ficou decidido que o antigo restaurante será reaberto e os alunos continuarão na companhia dos roedores.

Conquistas

As reivindicações das entidades da EEFE foram responsáveis pela liberação do consumo e da comercialização de bebidas nos eventos sociais promovidos por alunos, que estavam suspensas desde o início do ano pela lei 13.545 que estabelece a proibição de compra, venda, fornecimento e consumo de bebidas alcoólicas em qualquer dos estabelecimentos de ensino mantidos pela administração estadual. Dessa forma, desde que o teor alcoólico não seja igual ou maior que 4,5%, a procuradoria geral acolheu o parecer da diretoria da Escola. “Encaramos e propagandeamos isso como uma vitória”, comenta Gabriel.

As bebidas são utilizadas, geralmente, como fonte de renda das agremiações para cobrir custos e poder se manter. Junto com a cerveja, os alunos da EEFE conseguiram ainda com a diretoria, a extensão do horário de funcionamento das salas Pró-Aluno e da academia, sendo que esta última, até agora, não foi cumprida.