Prédios da ECA têm horário de funcionamento reduzido

(Foto: Amanda Panteri)

A Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) passou por uma mudança nos horários de funcionamento de seus prédios desde o dia primeiro de abril devido a um remanejamento do quadro de funcionários. Cinco dos oito edifícios – os Departamentos de Jornalismo e Editoração; Relações Públicas, Propaganda e Turismo; Artes Plásticas; Música e o chamado prédio central (Departamento de Comunicações e Artes) – agora fecham as suas portas a partir da meia-noite, e reabrem somente às 7 horas da manhã seguinte. Outras unidades, como a Escola Politécnica, também tiveram que reformular a distribuição e os horários dos trabalhadores.

A necessidade da alteração ocorreu devido ao reajuste, pelo terceiro ano consecutivo, das verbas destinadas à contratação de empresas terceirizadas especializadas em segurança na Universidade. Segundo Osvaldo Macedo, chefe do Setor de Administração de Serviços da ECA, a instrução para o remanejamento do quadro dos terceirizados veio da reitoria e não atinge somente a Escola, mas “a USP como um todo”.

COMO FUNCIONA – Atualmente, os prédios do campus contam com vigilantes, encarregados de monitorar a área externa dos edifícios, e controladores de acesso, responsáveis por administrar o fluxo de pessoas que frequentam o interior destes. Esses serviços são prestados pelas empresas Albatroz e Works, contratadas via licitação pública. A quantia destinada a cada unidade da USP é definida pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da Universidade, mas tanto o quadro de funcionários quanto a divisão dos horários é feita pelos setores administrativos de cada uma.

No caso da ECA, Osvaldo explicou que a diminuição das verbas resultou em uma reunião da Diretoria com os chefes de Departamento da Escola para a discussão de uma saída menos prejudicial aos estudantes. Optou-se, então, por aumentar a vigilância interna dos prédios, com a consequência do fechamento de alguns deles em horários determinados. “Nós fizemos a reunião para estudarmos quais Departamentos poderiam fechar mais cedo. Aqueles que possuem atividades depois da meia-noite são mantidos abertos”.

Outros institutos, como a Poli, resolveram diminuir o número de vigilantes e aumentar o de controladores de acesso, deixando os gastos dentro do orçamento estipulado, mas ainda sim garantindo a segurança.

Depois de decidido como os funcionários serão remanejados, cabe à Seção de Gestão de Contratos (Gescont) a função de órgão executor das mudanças. Paulo da Silva, chefe da Gescont, conta que as unidades encontraram saídas diferentes para o problema de acordo com as especificidades de cada uma. Contudo, quase todas elas possuem uma semelhança: “há redução significativa no corpo de funcionários”.