Tempo de refletir


 

A segunda edição do Jornal do Campus em 2017 é, em grande medida, um reflexo da primeira.

Nos 15 dias que separaram os dois fechamentos, buscamos, na produção do jornal aparar algumas arestas mais evidentes no processo anterior. As primeiras observações de Charleaux, com foco na forma dos textos, em especial nos títulos e seus “seres”, os toques dados pelos professores de fotojornalismo e jornalismo visual, e as “terapias em grupo” que tivemos para reorganizar tarefas foram cruciais para dar um primeiro empurrão na qualidade do JC.

No conteúdo, a pauta principal foi a apresentação de possíveis alternativas para a “Admirável USP Nova” de Marco Antonio Zago. Será que existem alternativas para os “Novos Parâmetros Financeiros”? E a previdência na USP, é tratada de maneira correta? A crise é financeira ou, como disse o presidente da Adusp, “de financiamento”?

O debate sobre a Terceirização, muito caro a nós, estudantes, e responsável por sacudir Brasília e gerar fissuras na base do governo Michel Temer, também está, com o perdão do trocadilho, em pauta. Como fica o mercado de trabalho? Seria o fim da CLT? Trará benefícios a quem?

Optamos, também, por tratar da delicada relação do estudante uspiano com sua saúde mental. Vivemos de comprimido em comprimido para lidar com o turbilhão da universidade. As salas de terapia são habitat natural dos universitários. Cabe refletir como esse ambiente que mistura o pessoal, profissional e político interfere nas nossas relações extra e intrapessoais.

Nos esportes, a polêmica eliminação da EACH do Bichusp e o uso da tecnologia para melhorar o desempenho. A luta pelos espaços segue em alta, com as ameaças à moradia estudantil em São Carlos e a reabertura da creche oeste. Isso tudo e mal começou o mês.

Essa edição também marca a estreia do “Claro!” em 2017. Produzido por nossos colegas matutinos, nosso suplemento volta às mãos uspiana com um tema animal. Vale a pena conferir!

Após fecharmos essa edição, iremos para a pausa da Semana Santa e, já na semana seguinte, fechamos outra, a de número 479 na história do Jornal do Campus. Será apertado, e vamos evitar o rodízio de cargos para facilitar garantir o cumprimento de nosso principal objetivo: um debate mais qualificado sobre nossa universidade.

Será também momento de refletirmos sobre o que vivemos como membros da redação do JC, e pensarmos em como vamos seguir, cada um como parte de um grupo. Buscamos compreender nosso papel e responsabilidade sobre o que é publicado.

Uma boa Páscoa a todas e todos os nossos leitores, e esperamos que gostem dessa edição.